Por Moisés Mendes –
O sumiço do motorista dos Bolsonaros é uma afronta à direção da Assembleia do Rio, ao Ministério Público, à Justiça e ao jornalismo.
Fabrício Queiroz é operador e cúmplice de um esquema de movimentação de dinheiro saído do setor público e repassado à sua conta por assessores do deputado Flavio Bolsonaro.
Pelo pouco que se sabe (e já é muito), um grande grupo movimentava a dinheirama. Só não se sabe quem ficava com o dinheiro, porque o motorista continua sumido.
O ex-assessor do deputado e seus companheiros preparam há uma semana uma tentativa de explicação, se é que preparam mesmo.
Estão à espera de uma autoridade que os convoque logo e se imponha com força diante do sentimento de impunidade de uma família que se considera poderosa e acima de tudo e de todos. E muito antes de chegar ao poder em Brasília.
O caso do motorista sumido é mais um teste da capacidade de reação das instituições à imposição retórica dos Bolsonaros, que parecem dispostos a desafiar Supremo, imprensa, polícia, MP.
Se o caso do motorista da conta milionária passar batido, eles terão mandado um aviso: irão mandar e desmandar como bem entenderem.