Publicado em Brasil 247 –
Contra a PEC 241, que agora tramita no Senado como 55, estudantes ocupam 168 universidades em todas as regiões do País, na ação que já é a maior organização estudantil da história brasileira. O movimento, que resistiu mesmo com a chegada do Enem, o que fez com que o governo adiasse a prova em algumas escolas, luta contra o conteúdo nocivo da proposta encaminhada pelo governo Temer e que, caso aprovada, proporcionará o congelamento do investimento em educação nos próximos 20 anos
Por Laís Gouveia, do Portal Vermelho – A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, considera o movimento vitorioso pela mobilização atingida. “A juventude brasileira, em especial aquela que ascendeu ao direito à universidade, se levanta contra a PEC 55 que tramita no Senado, por entender que ela desmonta com a democratização da universidade e congela o futuro da juventude brasileira nos próximos 20 anos”, avalia.
Assembleias representativas
O Diretor de Relações Institucionais da UNE, Iago Monvaldão, fez a defesa das ocupações em audiência pública realizada na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O jovem afirma que, devido o diálogo inexistente do governo Temer, os estudantes tiveram como última opção a tomada das suas escolas e universidades. “Se não ocorresse ocupações, a sociedade estaria nesse patamar de debate sobre o conteúdo da PEC? “, questionou.
Assista ao vídeo com a fala do diretor da UNE:
Nesta sexta-feira (11) entidades do movimento sindical e estudantil realizarão um dia nacional de paralisações para denunciar o pacote de medidas ofertadas pelo governo Temer, que precariza a vida dos trabalhadores e promove cortes sociais. Carina salienta que os estudantes estão contribuindo no processo de luta nas ocupações e fazendo sua parte na mobilização e apoio aos trabalhadores em greve.
Universidades falidas
Caso seja aprovada, a PEC 55, somada aos cortes já anunciados pelo Ministro da Educação Mendonça Filho (DEM-PE) de 45% do orçamento previsto para 2007, causará um rombo sem precedentes nas universidades federais. Como exemplo, se a proposta estivesse em vigor desde 2006, a Universidade Federal Fluminense teria perdido recursos da ordem de 780 milhões de reais nos últimos dez anos.