Por Fabíola Salani, na Revista Fórum –
Em seu Twitter, o advogado Cristiano Martins Zanin, defensor do ex-presidente Lula, elucida o “timing” da operação realizada nesta quarta-feira (9) que o coloca na mira da Polícia Federal. Ele ressalta que ela acontece após vencer o prazo para que a Lava Jato explicasse sua cooperação com os EUA, sem que o tivesse feito.
“Sobre ‘timing’: 1) No último dia 31/8 o STJ mandou o ministro da Justiça falar em 5 dias sobre as cooperações internacionais da Lava Jato com os EUA – onde alguns juízes e promotores brasileiros fizeram ‘cursos’. O prazo venceu ONTEM e a decisão NÃO FOI CUMPRIDA”, escreveu Zanin.
O advogado do ex-presidente Lula vê ainda outra motivação para a deflagração da operação nesta quarta-feira, que relata em sua rede social. “Nesta semana, após quase 3 anos de batalha judicial, deveríamos começar a fazer o exame do material proveniente do acordo de leniência da Odebrecht, que foi guardado até agora com muito sigilo pela Lava Jato”, contou. “Dá para imaginar por que a Lava Jato invadiu nosso escritório e pegou nosso material?”, questiona.
A operação realizada nesta quarta-feira fez busca e apreensão em endereços ligados a Zanin, entre outros advogados (leia mais abaixo). Ela foi autorizada pelo juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro.