Por Carlos Eduardo Alves, jornalista, Facebook –
Quem leu e ouviu o noticiário dos últimos três dias não tem como escapar da conclusão: cristalizou-se, no mercado e na mídia, a certeza de que a reforma da Previdência está subindo no telhado por “culpa” de Bolsonaro. Como se sabe, a mudança nas aposentadorias é a única coisa que interessa à elite e ao jornalismo mercadista.
Bolsonaro está apanhando até em revista venal. O discurso, com variações mínimas de oitavas, é que a inabilidade do fascista está rachando cristais que não poderão ser colados. E Rodrigo Maia tornou-se o primeiro-ministro dos sonhos. Se continuar a queda na popularidade e não entregar a encomenda na Previdência, Bolsonaro será substituído por Mourão, ou seja, 6 por meia dúzia.
Mesmo se entregar, serviço feito, já não ´pode mais ser descartada a hipótese de queda do fascista. A partir de amanhã, aumentará a pressão da direita convencional para que Bolsonaro contenha a ala de malucos olavetes do governo, da qual ele mesmo faz parte.
É possível que o boçal simule aceitar a mordaça, mas ninguém pode garantir nada sobre um governo formado com a união de fanáticos ideológicos de extrema-direita, milicos reacionários fantasiados de democratas cordatos e desqualificados eleitos no tsunami da ignorância em outubro passado.
De tédio, ninguém morrerá nas próximas semanas.