Publicado no Jornal GGN –
O site do escritório Arns de Oliveira & Andreazza traz na página principal matéria do jornal Gazeta, de Curitiba, sobre a nova especialidade dos advogados locais:
“Time de advogados curitibanos ‘especialista em Moro’ atrai de Youssef a Cunha.
Esse é o lema que tem permitido a alguns advogados curitibanos vender seus serviços a processados da Lava Jato.
O escritório é de propriedade de Marlus Arns de Oliveira. Marlus assumiu os casos milionários de delação premiada com a saída de Beatriz Catta Preta, a primeira advogada contratada para a delação. Até pouco antes, manifestava-se contra a delação. Qual a razão, então, para um obscuro advogado curitibano, com algumas histórias cabeludas em sua biografia, ter se tornado um especialista em delação?
O título da matéria da Gazeta explica: antes de ser especialista em delação, é especialista no juiz Sérgio Moro.
A partir das APAEs, o GGN mapeou a rede de relações que se formou em Curitiba:
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As ações das APAEs em todo estado do Paraná são tocadas pelo escritório de Marlus.
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A esposa de Sérgio Moro trabalha no jurídico da Federação das APAEs do estado, portanto, em sintonia com Marlus.
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Marlus já foi denunciado por sua contratação pela Copel, mesmo dispondo de um departamento jurídico. Atribuiu-se à influência política do senador Arns.
A contratação se deu em 2012. Embora a Fundação Copel de Previdência e Assistência Social de Curitiba seja uma empresa de direito privado, não se submetendo ao regime de licitações, tem a obrigação de dar tratamento igual a fornecedores qualificados em processos de seleção e contratação. A questão é que meses antes de a Copel fechar acordo com o escritório de Marlus (um criminalista, não especialista em direito do trabalho), Flávio Arns, o secretário de Educação, anunciara uma possível parceria com a parta e a Copel.
Arns também foi contratado, por quase R$ 1 milhão, para representar a companhia de saneamento do Paraná, a Sanepar, em 2013, quando o Ibama iniciou um processo por crimes ambientais. Neste caso, a Sanepar abriu mão da licitação em benefício do escritório de Marlus
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O irmão de Marlus, Henrique Arns de Oliveira, é dono do “Luiz Carlos Centro de Estudos Jurídicos”, um curso de direito à distância em Curitiba, do qual são professores vários delegados e procuradores da Lava Jato.
No corpo docente fixo consta, por exemplo, Diogo Castor de Mattos, procurador da República membro da força-tarefa em Curitiba; Solon Linhares que, no site do curso, aparece como agente da Polícia Federal. Há também o juiz federal Friedmann Anderson Wendpap, que recentemente apareceu em matéria do Conjur como um juiz mais “ousado” que Moro, por ter decretado o bloqueio de 3% dos bens da OAS e Odebrechtcom o argumento de que se as empresas tinham recursos para pagar propina, então também têm para devolver ao erário.
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