A venda indevida das joias de luxo que Bolsonaro recebeu na condição de presidente da República é apenas um dos problemas
Compartilhado de Jornal GGN
A venda indevida das joias de luxo que Jair Bolsonaro recebeu na condição de presidente da República é apenas um dos problemas que o extremista de direita provavelmente enfrentará na Justiça.
Ao despachar autorizando a fase ostensiva da Operação Lucas 12:2, contra figuras que supostamente integram a “organização criminosa” que teria ajudado Bolsonaro nos crimes de peculato e lavagem de dinheiro envolvendo as joias, o ministro Alexandre de Moraes expôs o roteiro das 5 linhas principais de investigação da Polícia Federal contra o ex-presidente e seus aliados.
Moraes anotou que a PF, até o momento, trabalha com os seguintes eixos:
(1) ataques virtuais a opositores;
(2) ataques às instituições, às urnas eletrônicas e à higidez do processo eleitoral;
(3) tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023, e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
(4) ataques às vacinas contra a Covid-19 e às medidas sanitárias na pandemia;
(5) uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens.
O 5º eixo de investigação se desdobrou em outras três apurações:
(5.1) uso dos cartões corporativos para pagamento de despesas pessoais;
(5.2) inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde para falsificação de cartões de vacina;
(5.3) desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras a Bolsonaro ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação com o fim de enriquecimento ilícito.