Os prefeitos que a direita elegeu (agora não dá mais para culpar a esquerda por nada, hein?)

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Por Cynara Menezes, Socialista Morena –

vireadireitaSim, a campanha antiesquerda empreendida nos últimos anos surtiu resultado e a direita mais retrógrada ganhou a eleição para prefeito em 2016. Mas foi a esquerda quem perdeu ou o Brasil? Confira um balanço dos candidatos eleitos pela direita nas capitais. Agora não dá mais para culpar a esquerda pelos erros que estes políticos cometerem, hein? A responsabilidade é todinha de vocês.




Em São Paulo-SP, ganhou o coxinha João Doria (PSDB), que se diz gestor, mas tem uma empresa que nunca produziu nada e foi condenado a devolver um terreno público que invadiu em Campos do Jordão para construir uma mansão.

Em Curitiba-PR, ganhou Rafael Greca, do PMN, que disse em sabatina que quase vomitou ao sentir cheiro de pobre.

Em Porto Alegre, ganhou o “meritocrata hereditário” Nelson Marchezan Jr., filhote da ditadura (seu pai foi líder do governo João Figueiredo na Câmara) que defende acabar com a Justiça do Trabalho.

Em Salvador-BA, foi reeleito ACM Neto, outro “meritocrata hereditário”, acusado pela própria vice-prefeita de superfaturar obras e neto, como o nome já diz, de um dos maiores oligarcas da história do Brasil e notório apoiador da ditadura.

No Rio de Janeiro-RJ, foi eleito um bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella, do PRB. Adeus, estado laico.

Em Recife-PE, foi reeleito Geraldo Julio, do PSB, que aparece como destinatário de 3 milhões de reais nas planilhas da Odebrecht.

Em Belém-PA, continua no cargo Zenaldo Coutinho (PSDB), que se aposentou aos 44 anos e é acusado de ter recebido mais de 2 milhões de reais de sindicato sem declarar à Justiça eleitoral.

Em Florianópolis-SC, o partido do prefeito eleito Gean Coutinho, o PMDB, aparece envolvido na operação Ave de Rapina, que apura pagamento de propina a vereadores.

Em Belo Horizonte-MG, foi eleito Alexandre Khalil, do PHS, que disse que “rouba, mas não pede propina”.

Em Campo Grande-MS, o eleito Marquinhos Trad (PSD), outro “meritocrata hereditário”, é acusado de ter recebido salário ao mesmo tempo da Assembleia Legislativa e da Câmara de Vereadores.

Em Vitória-ES, o prefeito reeleito Luciano Rezende, do PPS, também aparece nas planilhas da Odebrecht. Ele afirma que a doação foi “legal”.

Em Maceió-AL, foi reeleito Rui Palmeira, do PSDB, mais um “meritocrata hereditário” e acusado de improbidade administrativa e superfaturamento.

Em Goiânia-GO, Iris Rezende, do PMDB, já foi alvo de mais denúncias em sua carreira política do que tem de idade: 82 anos. Um dos candidatos mais ricos do país, subavaliou sua fortuna em 20 vezes na declaração de bens ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2014.

Em João Pessoa-PB, o prefeito reeleito, Luciano Cartaxo, é acusado de nepotismo: 40 pessoas com sobrenome “Cartaxo” aparecem na lista de servidores temporários da prefeitura.

Em Natal-RN, foi reeleito mais um “meritocrata hereditário”, Carlos Eduardo Alves, do PDT, denunciado por improbidade administrativa.

Em Boa Vista-RR, a prefeita reeleita Teresa Surita, do PMDB, foi condenada à perda do cargo por desvio de recursos e está recorrendo.

Em Manaus-AM, o prefeito reeleito Artur Neto (PSDB), é acusado de omitir apartamentos de luxo em sua declaração de bens à Justiça eleitoral.

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