Os sonhos do atleta mirim esbarram na burocracia dos títulos que demandam dinheiro

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Na rodoviária da mais rica cidade do Brasil, um garoto vestindo quimono chama a atenção carregando um cartaz quase maior do que ele. A timidez esconde o sorriso infantil, e os sonhos, e as conquistas. Do lado dele, a madrasta garante o apoio moral enquanto o pai sai de perto por alguns minutos para resolver alguma demanda.

Por Adriana do Amaral, compartilhado de seu Blog




Eu passo apressada, mas com o compromisso interno de voltar e conhecer a história por detrás dessa imagem, que poderia passar como um filme, mas ficou na minha mente.

Volto. Pergunto se posso conversar com ele, pronta para ouvir a sua história. Ele responde que sim.

Rhuan tem nove anos, mora num bairro periférico de São Paulo, Pedreira, e há três pratica Jiu-Jitsu 

Mais uma criança acolhida num projeto social, que oferece esportes e outros cursos para alunos no contraturno da rotina escolar.

Ele mostra uma quantidade incrível de medalhas para tão pouca idade, todas, conquistadas no tatami. 

Mas, talento e disciplina não bastam na sociedade onde as medalhas, digo moedas movem o mundo

Para subir no ranking e ser reconhecido, o Rhuan precisa disputar competições e para isso ele precisa de dinheiro. 

Esta era a razão para sua ida à rodoviária, com o cartaz nos braços e o sonho do PIX na cabeça.

O pai conta que apesar de o filho treinar durante uma hora e meia, três vezes por semana, ele precisa divulgar o seu nome, e para isso, ganhar as competições organizadas pelas associações de #jiujitsu. O problema é que as inscrições custam caro para a família, e também demandam transportes e muitas vezes hospedagem do atleta mirim e um acompanhante..

O sonho seria um patrocínio, mas para isso ele precisa vencer as competições e a roda dos obstáculos gira Apenas as inscrições custam em torno de R$ 350 a R$500.

Eu me pergunto: como uma família de trabalhadores pode custear isso? Será que a #ConfederaçãoBrasileiradeJiuJitsu não teria uma solução para incluir os atletas iniciantes? Ou o #ComitêOlímpicoBrasileiro não poderia pensar em programas voltados às crianças para reconhecer atletas do futuro?

Estudante do terceiro ano do Ensino Fundamental, o menino de nove anos pesa pouco mais de 35quilos e suporta mais do que 10% do próprio peso vestindo o quimono de Jiu-Jitsu. 

Desde abril deste ano, ele já participou de sete competições. Atualmente, integra a equipe da Academia #RyanGraceTeam, São Paulo, e recebe orientação do treinador Rodrigo Paixão.

“Praticar  Taeksondo é legal” e Rhuan garante que não tem medo quando luta ao praticar o esporte.

O esporte, segundo o pai, tem um poder transformador. Ele testemunha que o filho era um menino tímido e retraído e hoje é um disciplinado e determinado. Sobretudo, consciente que o esporte não é para lutar, mas pode ser usado como autodefesa.

Pergunto à família e seu posse divulgar a sua história, e tenho o consentimento.

Informo abaixo o PIX que será usado exclusivamente para custear as despesas para que Rhuan possa crescer como atleta, pois como ser humano ele já é gigante.

PIX 11954325368 (em nome de Isabelli Oliveira S. )

Instagram: @rhuanrjj_miguel

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