Por Luis Felipe Miguel, cientista político –
“A capa da esquerda é do dia 2 de outubro de 2018. Faltavam cinco dias para o primeiro turno das eleições. Sérgio Moro, ainda juiz e a serviço da candidatura Bolsonaro, divulgara no dia anterior a delação de Palocci – e a imprensa fez a festa.
A capa da direita é de hoje (17 de agosto, 2020). A polícia concluiu que a delação de Palocci é mentirosa. A Folha deu uma discreta chamada de capa. Estadão e Globo, nem isso.
Não se trata simplesmente de uma reparação, em favor de alguém que fora injustamente acusado. É mais uma evidência de que as eleições de 2018 foram fraudadas.
Observe-se a capa da Folha: a manchete principal é a delação de Palocci, mas logo abaixo está noticiada a decisão de Toffoli, reiterando a proibição de que Lula – preso abusivamente, conforme o próprio STF admitiria no ano seguinte – concedesse entrevistas.
Bolsonaro chegou à presidência graças a múltiplas intervenções de força que viciaram o processo eleitoral. Em todo o processo, desde a preparação do golpe de 2016, Supremo e imprensa, entre tantos outros, foram cúmplices de uma conspiração contra a democracia.”
Obs.: Título do Bem Blogado