Por Celso Sabadin, jornalista cineasta e crítico de cinema –
Ontem à noite me aconteceu uma coisa que não me acontecia há muto tempo: assisti á festa do Oscar. Havia me desinteressado do tema já há uns bons anos (10 ou 15 talvez?), mas ontem houve uma mudança.
Tudo começou quando, já com a festa começada, vi aqui no Face um post do Chico Fireman dizendo que ele estava na CBN com a Tati Vasconcellos transmitindo a festa.
Como eu gosto muito dos dois, decidi ouvir. E foi impossível desligar: equipe animada, divertida, informada, antenada, transmitindo o Oscar como este tipo de evento deve ser transmitido: com descontração, informação e- acima de tudo – humanidade. Eram pessoas falando, não press releases, como a gente tem se acostumado a ver e a ouvir.
Acessei então o G1 e fiquei vendo no computador e ouvindo na CBN (embora o G! estivesse com um delay gigantesco de alguns minutos – isso mesmo – minutos).
Foi ótimo! Não pela festa, que continua a mesma chatice, mas pela transmissão da CBN. E, claro, também por ver a tal supremacia estadunidense se render aos pés de Parasita.
CBN deu uma aula de jornalismo. Por mais pessoas de carne e osso no jornalismo brasileiro, e menos releases e notas oficiais, por favor. Ouvintes e telespectadores agradecem.
E mais: apesar da CBN ter se engajado de corpo e alma a favor do golpe contra a Dilma, senti na transmissão uma liberdade de expressão raramente vista (no caso, ouvida) em veículos da grande mídia. Um oásis!