Oswaldo Eustáquio e terrorista procurado estiveram juntos em ato no hotel de Lula

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Após a vitória do Brasil contra a Coreia do Sul pelas oitavas de final da Copa do Mundo 2022, um grupo de cerca de 100 apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) fez um protesto contra a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no hall do hotel onde o político estava hospedado, em Brasília.

Por Victor Dias, compartilhado de DCM




Oswaldo Eustáquio e Alan Diego. Foto: Reproduçãobolsoonarista.png

Entre os manifestantes estavam o influencer bolsonarista Oswaldo Eustáquio e o terrorista Alan Diego dos Santos Rodrigues, de acordo com vídeo recebido pelo DCM. Diego é cúmplice de George Washington de Oliveira Sousa, empresário de 54 anos, preso por montar uma bomba em um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília (DF), neste sábado (24).

No mês passado, George participou de uma audiência pública no Senado Federal que colocava em dúvidas a legalidade da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, questionando a atuação do STF e do TSE no pleito. Além dele e outros apoiadores de Bolsonaro, Rodrigues e Oswaldo também estiveram na sessão.

Simpatizante de Bolsonaro, Alan Diego está sendo procurado. A suspeita é de que ele já tenha saído de Brasília. Natural de Comodoro, no Mato grosso, Alan Diego atua como eletricista. Ele é funcionário da empresa “Bom Futuro”, que desenvolve o planejamento estratégico das atividades na capital do estado, Cuiabá.

Eustáquio, por sua vez, é um dos maiores incentivadores de atos terroristas que acontecem em Brasília. Na manifestação no hotel, a equipe de segurança de Lula mantinha todos fora do saguão. Além disso, 11 viaturas da Polícia Militar de Brasília e um micro-ônibus da tropa de choque foram ao local.

O blogueiro foi uma espécie “mestre de cerimônia” no início do ato. Organizava o momento de cada líder discursar. As falas tinham xingamentos a Lula e aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Uma semana depois, o indígena José Acácio Serere Xavante foi preso a 600 metros do hotel de Lula. O “cacique” bolsonarista foi detido por terrorismo e foi pego pela Polícia Federal no Eixo Monumental, perto da Torre de TV de Brasília, que fica do outro lado da avenida onde o presidente eleito estava hospedado. Ele queria impedir a posse de Lula e Geraldo Alckmin, segundo a Procuradoria-Geral da República.

A prisão de Serere gerou revolta em terroristas, que atacaram a sede da Polícia Federal em Brasília após a diplomação do presidente eleito. Os golpistas entraram em confronto com a Polícia Militar, queimaram pelo menos oito veículos, entre carros e ônibus, interditaram as ruas com botijões de gás e atacaram uma delegacia.

O indígena é filiado ao Patriotas e já foi candidato a prefeito em cidade do Mato Grosso. Ele ficou famoso por atacar Lula e ministros do Supremo em atos golpistas.

Nesta segunda (26), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, também mandou prender Oswaldo e Bismark Fugazza, um dos donos do canal Hipócritas. A Polícia Federal ainda não encontrou os bandidos.

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