Por Pablo Villaça, em seu Facebook, publicado no Blog Searadionaotoca –
“A morte de Marielle, planejada para ser uma execução escancarada a fim de amedrontar quem está ao seu lado, tem que ter efeito oposto: o de unir a esquerda”, diz o crítico de cinema Pablo Villaça; “Se já não era claro que o lado de lá não tem escrúpulos nem limites, isto ficou ainda mais patente não só com o assassinato da vereadora, mas com a celebração por parte dos sociopatas nas redes sociais (e imaginem esses caras armados como querem Bolsonaro, MBL e a bancada da bala)”
A partir de hoje – e até a situação mudar no país -, cessarei minhas críticas aos companheiros de esquerda, por mais diferenças que tenhamos. Sou PSOL, sou PT, sou PCdoB, sou PSTU, sou PCB, sou PCO; sou Lula, Manuela, Boulos, Ciro. Sou até mesmo Diário do Centro do Mundo, Luciana Genro e Pablo Capilé.
A morte de Marielle, planejada para ser uma execução escancarada a fim de amedrontar quem está ao seu lado, tem que ter efeito oposto: o de UNIR a esquerda. Se já não era claro que o lado de lá não tem escrúpulos nem limites, isto ficou ainda mais patente não só com o assassinato da vereadora, mas com a celebração por parte dos sociopatas nas redes sociais (e imaginem esses caras armados como querem Bolsonaro, MBL e a bancada da bala).
Se essa união foi possível em Portugal, por que não seria possível aqui? Especialmente depois do que aconteceu ontem à noite?
Compreendam: estamos todos sob ameaça. Todos. Como apontaram no Twitter, se eles mataram uma mulher eleita com 46 mil votos, não hesitarão em eliminar ninguém mais.
E como a violência não é solução – e não se iludam, por mais revoltados que estejam: NÃO É -, a única alternativa possível é a união. Somos muitos e, juntos, uma parede de chumbo; separados, pulverizados, somos caspa no ombro da direita.
Caspa você afasta com um aceno; já a parede de chumbo é bem difícil derrubar. O caminho correto a seguir é óbvio.