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Francisco enviou carta para movimentos sociais e populares. O pontífice defendeu também o perdão de dívidas de países pobres12h56
Em uma carta enviada a movimentos sociais, o papa Francisco propõe a criação de uma renda mínima universal para trabalhadores precários, autônomos e informais.
O conteúdo do documento foi publicado pelo site do jornal católico italiano Avvenire neste domingo (12), poucas horas após o Pontífice ter defendido o perdão das dívidas dos países pobres em sua bênção de Páscoa.
“Vocês, trabalhadores precários, independentes, do setor informal ou da economia popular, não têm um salário estável para resistir a este momento. A quarentena é insuportável para vocês. Talvez tenha chegado o momento de pensar em uma forma de renda universal de base que reconheça e dê dignidade aos nobres e insubstituíveis trabalhos que vocês desenvolvem”, escreve o Papa.
Segundo Francisco, é preciso criar um salário que seja capaz de “garantir e cumprir aquele slogan tão humano e cristão: nenhum trabalhador sem direitos”. Na carta, Jorge Bergoglio diz que os movimentos sociais são encarados com desconfiança porque “reivindicam seus direitos, em vez de resignar-se a esperar para pegar algumas migalhas que caem da mesa de quem detém o poder econômico”.
“Vocês são, para mim, verdadeiros ‘poetas sociais’ que, das periferias esquecidas, criam soluções dignas para os problemas mais graves dos excluídos”, acrescenta. Para o Papa, os movimentos sociais e populares são um “exército invisível que combate nas trincheiras mais perigosas”.
Bergoglio finaliza a carta dizendo que é preciso promover um desenvolvimento humano integral que garanta protagonismo a todos e acesso universal a “terra, teto e trabalho”.