Da Redação: Um amigo do blog entra num táxi em São Paulo e começa a conversar com o motorista sobre vários assuntos, até chegarem na política. Papo vai e papo vem, o motorista diz que não vai votar em político algum, pois “todos só pensam em se eleger e depois não fazem nada pela população”. O amigo do blog responde que ele tem razão e que por isso vai votar no Fernando Haddad. “Ué, mas ele não é político também?”, questiona o taxista, todo cheio de razão e já com uma certa má vontade. E o passageiro responde: “Sim, é político, mas não age como os políticos a quem o senhor está se referindo”.
Me explica, pede o motorista. “O Haddad cumpre um mandato fazendo muita coisa que boa parte da população dizia que não ia dar certo, que era impossível e que seria pior. Por exemplo: a redução da velocidade nas Marginais e grandes avenidas. A maioria meteu o pau no prefeito, insuflados pelas rádios, jornais e TV. E agora o resulto aí está: todo mundo dirigindo dentro da lei e os acidentes caíram drasticamente”.
“É, mas tem o negócio da multa”, acelera o taxista. “Que multa que nada, meu amigo. A tal da indústria da multa existia no passado. Hoje, até isso caiu. Vi os números outro dia, que mostram que 71% dos motoristas da Capital não foram multados. O senhor, que sei que respeita, tem muita multa?” Sem resposta.
E o passageiro continua mostrando ao motorista outra notícias que a maioria das rádios não dão, pois alardeiam ser úteis por noticiarem sobre o trânsito, mas que, na verdade, trabalham em sua maioria para difamar os atos da prefeitura.
Lembra também, por exemplo, sobre a abertura da Avenida Paulista e outras grandes avenidas somente para a população aos domingos. “Que prefeito, só de olho no voto, faria isso? O senhor se lembra quando a grande imprensa só dava destaque para os descontentes com as avenidas fechadas para carros, principalmente os usuários da Paulista? Hoje, a grande maioria aprova. E estes espaços viraram um grande local de confraternização. Vá um dia o senhor passear com sua família num domingo. Pode ser pertinho de sua casa. Vá ver que delícia passear de bicicleta com os seus filhinhos”, convidou o passageiro.
Sem mais argumentos e como o destino do meu amigo estava chegando, o taxista só respondeu: “É, acho que neste ponto o senhor tem razão, mas tem coisas como a liberação do Uber e o que ele fez com a gente, que…”
“Olha o Uber é uma realidade mundial, tem muita da tecnologia que os senhores já estão utilizando e as outras regulamentações que ele tem feito ultimamente com os táxis, posso dizer ao senhor, que um dia os senhores também agradecerão”, responde o passageiro, que ouve uma suspirada profunda do taxista, que arremata: “Que ele é um político diferente, ele é”.
Foto de André Tambucci / Fotos Públicas