Média móvel de mortes cresceu 66% em 1 mês. É preciso fazer campanhas de esclarecimento de que o coronavírus ainda não foi debelado, entende a Contee
Compartilhado do Portal CONTEE
Os casos de covid-19 têm aumentando no Brasil e a média móvel de mortes também aumentou. O índice cresceu 66,3% em 1 mês, segundo dados do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
A média móvel de novos óbitos sofreu aumento significativo em 30 dias. O índice estava em 163 na segunda-feira (13). Em 13 de maio, o Conass registrou média de 98.
O indicador flutuante que considera os casos de covid-19 no Brasil registrou, na segunda-feira, alta pelo 10° dia consecutivo e ficou em 43.131.
O Brasil registrou ainda, no mesmo dia, 40.173 casos da doença e 70 mortes por covid-19. O estado do Piauí, por exemplo, não notificou novos dados ao Conass e por isso foram mantidos os mesmos de domingo (12).
Com a atualização, o País chegou a 668.680 vítimas do coronavírus e 31.497.038 infecções.
No domingo, o pesquisador e infectologista Julio Croda, da Fiocruz, disse que estamos vivendo nova onda de casos da covid. No Contee Conta do último dia 7, isso ficou bem claro: “A pandemia ainda não está controlada”, enfatizou o pesquisador Lucas Ferrante.
No entanto, o pesquisador avalia que “no geral, essa nova onda parece ter um impacto menor do que foi a Ômicron e do que foi a Gama, entre março e abril de 2021”. “Estamos vivendo momento de atenção, mas muito provavelmente esse impacto vai ser menor em termos de hospitalização e óbitos”, disse.
Todavia, é preciso fazer campanha nacional alertando que a covid não acabou e que é preciso, no mínimo, para produzir alguma segurança, que entre 90 e 95% da população estejam vacinados com quantas doses forem necessárias. Diante disso:
CONSIDERANDO que o governo Bolsonaro nunca esteve preocupado em imunizar a população, tendo se colocado abertamente contra a vacina,
CONSIDERANDO que o anti-Ministério da Saúde do governo Bolsonaro não faz campanhas de esclarecimentos quanto ao atual cenário,
CONSIDERANDO que, precisamente por não haver campanhas, a população não está esclarecida quanto ao problema,
CONSIDERANDO que um dos principais focos de contágio é a escola,
CONSIDERANDO que a eficácia as vacinas reduziu significativamente o número de mortes, mas que a vacinação desacelerou e muitas pessoas não voltaram para tomar a 2ª e a 3ª dose,
CONSIDERANDO que, se o trabalho de conscientização não for feito urgentemente, todo o trabalho anterior de combate à pandemia pode cair por terra,
reforçamos, diante da inércia dos governos estaduais e federal, o papel de nossas entidades e dos/as trabalhadores/as em educação no enfrentamento à pandemia. É essencial estimular a vacinação das doses necessárias para cada faixa etária, como determina a OMS, bem como exigir o passaporte vacinal e a retomada do uso de máscaras no interior das escolas.
Brasília, 15 de junho de 2021.
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee