PDT racha e ala defende voto em Lula: “necessidade histórica”

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O grupo lamenta que o “ímpar” Ciro Gomes, seja “incapaz” de enxergar que votar e apoiar Lula não se trata de “voto útil”, mas de uma “necessidade histórica” de derrotar Bolsonaro

Do Correio Brasiliense, compartilhado de Construir Resistência




Uma ala do PDT, partido do ex-governador Ciro Gomes, candidato à Presidência, abriu uma crise interna na legenda. Um grupo de políticos — históricos e recentes — assinou um manifesto intitulado “Trabalhistas pela democracia: o voto necessário”, no qual defendem apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno. O documento adota um tom crítico à postura de Ciro, que faz reiterados ataques ao petista.

No manifesto, o grupo lamenta que o “ímpar” Ciro Gomes, seja “incapaz” de enxergar que votar e apoiar Lula não se trata de “voto útil”, mas de uma “necessidade histórica” de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL). O texto ainda pede para os pedetistas “não vacilarem” em apoiar a “única candidatura” capaz de superar o bolsonarismo “já no primeiro turno”.

“Não se trata de voto útil. É uma necessidade histórica, algo que, mais uma vez, lamentamos ver Ciro Gomes, uma figura ímpar para pensar o desenho institucional do país, ser incapaz de enxergar essa quadra da história. Diante disso, convocamos militantes trabalhistas e dissidentes a apoiarem o ex-presidente Lula no primeiro turno”, diz o texto.

O grupo segue: “O ano é 2022. Aquele Ciro que conseguia se manter numa sintonia fina com o campo progressista já não existe mais. Se em 2018 a grande maioria da militância trabalhista foi às ruas pedir votos para Fernando Haddad, atualmente vemos, infelizmente, alguns colegas dizerem que vão votar nulo em um eventual segundo turno. Há outros que pensam em apoiar até mesmo Bolsonaro”.

A ala do PDT também faz elogios a Ciro por movimentos realizados em 2016, ao defender a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) do impeachment e que denunciou “conspirações” do ex-presidente Michel Temer — que assumiu a Presidência com a saída de Dilma — e do ex-juiz Sergio Moro. O grupo ainda cita que o ex-governador era um crítico do que considerava falhas do PT, mas tecia comentários de forma “saudável e equilibrada” e com um posicionamento que “chegava a animar até mesmo alguns militantes petistas”.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, reprovou a atitude do grupo. “Voto útil só serve aos inúteis. Quem imagina que eleição é corrida de cavalo, para escolher o que a pesquisa diz que vai ganhar, daqui a pouco, com esse pensamento de inutilidade, nós vamos abolir a eleição. Se a pesquisa diz quem vai ganhar, para que votar?”, afirmou, em entrevista ao Estadão.

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