Pena de morte, racismo e ordenação de mulheres: veja as posições do novo papa

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O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito nesta quinta-feira (8) como o novo papa da Igreja Católica, adotando o nome de Leão XIV. Ele se torna o primeiro papa nascido nos Estados Unidos e também o primeiro vindo de um país de maioria protestante.

Por Guilherme Arandas, compartilhado de DCM




na foto: Papa Leão XIV aparece pela primeira vez no Vaticano. Foto: Divulgação

Prevost, que liderava o Dicastério para os Bispos no Vaticano, é conhecido por suas posturas críticas ao governo de Donald Trump, especialmente em temas como deportação de imigrantes, pena de morte e racismo. Em diversas ocasiões, ele se manifestou nas redes sociais contra essas práticas e defendeu uma Igreja mais próxima dos pobres e vulneráveis.

Imigração

O novo pontífice já criticou abertamente as políticas migratórias de Trump. Em uma publicação no X (antigo Twitter), repostou uma crítica à deportação do salvadorenho Kilmar García, alegando que a ação foi ilegal. Em outro post, compartilhou uma mensagem que questionava a deportação de refugiados sírios, com a frase: “Jesus chora”.

Pena de morte

Em entrevista ao jornal peruano ‘La República’, Prevost afirmou que a pena de morte é inadmissível, mesmo sendo permitida nos EUA. “Temos que estar sempre a favor da vida, em todo momento”, declarou.

Racismo

Após a morte de George Floyd, homem negro assassinado por um policial branco em 2020, Prevost usou suas redes para condenar o racismo sistêmico nos Estados Unidos.

Política americana

Ele criticou o vice-presidente dos EUA, JD Vance, por defender a ideia de priorizar o amor por concidadãos americanos em detrimento de estrangeiros. “Jesus não nos pede para classificar nosso amor pelos outros”, escreveu o então cardeal.

Papa recém-eleito publica no X um artigo crítico ao vice-presidente dos EUA. Foto: Reprodução

Ordenação de mulheres

Durante o Sínodo de 2023, Leão XIV se posicionou contra a ordenação de mulheres, afirmando que “clericalizar mulheres” não solucionaria os problemas estruturais da Igreja.

Bênção a casais do mesmo sexo

Embora não tenha declarado posição definitiva, defendeu que as conferências episcopais nacionais tenham autonomia sobre o tema, respeitando as diferenças culturais.

Ideologia de gênero

Prevost compartilhou críticas ao currículo escolar do Peru, que segundo ele promovia a chamada “ideologia de gênero”. O governo peruano esclareceu que o conteúdo tratava apenas do desenvolvimento saudável da sexualidade dos jovens.

Meio ambiente

Em declarações públicas, defendeu que a humanidade deve ter uma relação de reciprocidade com a natureza, e não de dominação. Ele afirmou que é hora de agir diante da crise climática global.

Uma Igreja próxima do povo

O novo papa declarou ao Vatican News que “o bispo não deve ser um pequeno príncipe”, mas alguém humilde, próximo das pessoas e que caminha com elas.

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