Por Paulo Bicca, arquiteto e urbanista; via o Facebook do jornalsita Mario Marona
Leio no face, e suponho ser verdadeiro, que a escritora Lya Luft se diz arrependia de ter votado em Bolsonaro. Apesar do que esse arrependimento tornado público revela da atitude que ela teve nas eleições, reconheço que, salvo engano, poucos que votaram como ela fazem agora um gesto semelhante. Mas isso não me impede de formular a respeito, um elenco de perguntas que julgo pertinentes; necessárias mesmo. E o faço sem nenhuma intenção de grosseria.
Arrependida, por que? Uma escritora, colunista da revista Veja e, sobretudo, professora aposentada UFRGS, ignorava quem era Bolsonaro?
Só o ficou conhecendo há pouco? Não sabia que ele tinha como herói o oficialmente reconhecido torturador Ustra, e que tortura é um dos crimes hediondos mais abjetos, mais covardes, mais cruéis ?
Não sabia que ele havia dito que o erro da ditadura foi apenas torturar, quando deveria ter matado mais 30 mil pessoas, entre elas o FHC?
Desconhecia as sua relações promiscuas com os milicianos e o crime organizado no Rio de janeiro? Desconhecia as suas desprezíveis atitudes racistas e homofóbicas ?
Votou em Bolsonaro pela sua “brilhante” (só se for pelo Ustra) carreira como Deputado Federal?
Votou em Bolsonaro pelo seu “Programa” de Governo, ou por que ele fazia arminha com a mão, dizia que ia armar a população e metralhar os “petralhas”?
Votou em Bolsonaro em defesa da ética?
Votou em Bolsonaro por que?
Está arrependida por que?
As perguntas cabíveis ainda seriam muitas.
Digo eu: este questionário pode ser aplicado a todos, incluindo os que se abstiveram, anularam o voto ou foram para Paris.