Compartilhado de Jornal GGN –
Mesmo combinado com outros remédios, medicamento exaltado por Jair Bolsonaro agrava mortandade em até 45%; estudo foi divulgado pela Lancet
Um estudo científico elaborado com mais de 96 mil pacientes internados por conta do coronavírus concluiu que a aplicação da cloroquina ou da hidroxicloroquina – a menina dos olhos do presidente Jair Bolsonaro – aumenta o risco de morte por arritmia cardíaca entre os infectados pela covid-19 em até 45%.
A pesquisa foi publicada na revista Lancet e mostra que, dentre os pacientes que tomaram a hidroxicloroquina, registrou-se um aumento de 34% no risco de mortandade e de 137% no risco de arritmias cardíacas. Os números são ainda mais assustadores quando se avalia o uso conjunto da droga com outros medicamentos: alta de até 45% no risco de morte e de 411% na chance de arritmia cardíaca grave.
O levantamento foi liderado pelo professor Mandeep Mehra, da Escola de Medicina de Harvard, e foi realizado com pacientes de 671 hospitais de seis continentes, no período de 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril de 2020.
Dentre as 96.032 pessoas analisadas, 14.888 fizeram uso solo ou combinado da cloroquina durante as primeiras 48 horas de internação. A íntegra do estudo pode ser lida aqui.