Por Carlos Eduardo Alves, jornalista, no Facebook
Sobre a pesquisa CNT/MDA divulgada hoje (14/05): liminarmente, não conheço a metodologia, mas os números servem para as observações seguintes, pois o levantamento é bancado pela Confederação Nacional do Transporte, insuspeita de petismo.
1 – O mais importante de uma pesquisa é a curva de evolução. No caso da MDA, não é possível fazer a comparação, pois o quadro de candidatos não se repetiu. De qualquer maneira, era de se esperar que os números de Lula caíssem, já que uma parcela cada vez maior de eleitores já percebeu que ele não será candidato. Mas não foi isso que ocorreu. Lula continua com seu piso mínimo, ou seja, um terço do eleitorado. Venceria qualquer adversário no segundo turno com folga.
2 – A exemplo de outras pesquisas, também aqui se registra (e isso é possível comparar com o trabalho anterior) uma diminuição contínua da rejeição de Lula. Em campanha, óbvio que o número cairia mais. Em suma, o preferido dos brasileiros está encarcerado.
3 – A manutenção das taxas de intenção de voto em Lula sugere que um candidato indicado por ele pode sim chegar ao segundo turno, dada a expressiva preferência partidária que o PT ainda detém;
4 – Ciro não chega ao segundo turno sem os votos do lulismo e sua eventual vitória no segundo é impossível sem o apoio pessoal de Lula.
5 – Marina vive de recall, que vai se esfarelar durante a campanha pelo pequeno tempo de TV. Só se torna viável se a direita, na falta de um nome razoável, vier a adotá-la ,mesmo,a contragosto.
6 -A direita tradicional não está conseguindo esvaziar os 20% de Bolsonaro. Se não fizer isso, não entra no páreo.
7 – Manuela deve desistir em algum momento e Boulos vai ter que suar muito, mas muito mesmo, para finalizar com 3%