PF encontra dinheiro em escritório de aliados de Lira acusados de corrupção

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Homem de confiança de Lira foi alvo de busca e apreensão sob suspeita de esquema de superfaturamento e desvio de até R$ 44 milhões

Dinheiro encontrado em escritório de pessoas envolvidas no esquema de corrupção
Dinheiro encontrado em escritório de pessoas envolvidas no esquema de corrupção Créditos: Divulgação/PF

Por Yuri Ferreira, compartilhado da Revista Fórum




A Polícia Federal divulgou vídeos e imagens da apreensão realizada na casa e na empresa de Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda (PSD) e um dos maiores aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).

Segundo a investigação da PF, os aliados de Lira teriam um esquema de fraude com desvios de dinheiro envolvendo uma empresa de robótica no Fundo Nacional de Desenvolvimento Econômico (FNDE).

Os kits foram comprados com o dinheiro de emenda de relator, isto é, com o chamado orçamento secreto. A empresa contratada foi a Megalic, que recebeu R$ 24 milhões para fazer kits de robótica para escolas de diversos municípios de Alagoas (governadores por aliados de Lira).

Edmundo Catunda foi 11 vezes ao gabinete de Arthur Lira na Câmara dos Deputados entre 2016 e 2022.

“De acordo com a investigação, as citadas contratações teriam sido ilicitamente direcionadas a uma única empresa fornecedora dos equipamentos de robótica, através da inserção de especificações técnicas restritivas nos editais dos certames e de cerceamento à participação plena de outros licitantes”, disse a PF em nota.

A Polícia Federal encontrou dinheiro escondido em malas envolvendo as empresas que superfaturaram os kits de robótica. Confira os vídeos:

A operação ocorre no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal confirma que irá julgar um caso de corrupção em que Arthur Lira está listado como réu.

O caso a que responde Lira no STF diz respeito à detenção, em 2018, de um assessor seu, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, levando R$ 106 mil em espécie nas roupas.

Em depoimento após aceitar um acordo de delação premiada, o funcionário do gabinete de Lira afirmou que o dinheiro era destinado ao deputado e seria propina paga pelo então presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), Francisco Colombo. O caso deve ser julgado até junho pela primeira turma do tribunal.

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