Colaborador ligado a uma joalheria estadunidense revelou o alto valor potencial do objeto, cuja gemas preciosas poderiam ser extraídas para comercialização
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247 – A Polícia Federal (PF) identificou a existência de uma nova joia incrustada com pedras preciosas que teria sido negociada nos Estados Unidos por emissários de Jair Bolsonaro (PL), conforme apuração da CNN. A descoberta da peça aconteceu recentemente, após investigações relacionadas ao escândalo das joias sauditas conduzidas por agentes federais no exterior.
De acordo com a reportagem, um depoimento de um colaborador ligado a uma joalheria estadunidense revelou o alto valor potencial do objeto, cuja gemas preciosas poderiam ser extraídas para comercialização. No entanto, segundo o informante, a transação não chegou a ser finalizada.
A suspeita dos investigadores é de que a joia também tenha sido um presente de um país do Oriente Médio para Bolsonaro. Agora, a prioridade é localizar o paradeiro do adorno. As investigações iniciais sugerem que a peça estava no mesmo estojo da escultura de palmeira folheada a ouro, entregue ao ex-mandatário durante um encontro com empresários brasileiros e árabes no Bahrein.
O depoimento dado ainda não possui comprovações robustas. Por isso, colaboradores e delatores, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, deverão ser ouvidos nos próximos dias para fornecer mais detalhes sobre a existência, origem e destino do objeto.
A joia não foi incluída na “operação resgate”, em que aliados de Bolsonaro teriam recomprado itens vendidos no exterior após o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar a devolução dos presentes recebidos durante o mandato presidencial.
Recentemente, a PF anunciou estar concluindo o relatório final do inquérito das joias sauditas, que deveram ter sido incorporadas ao patrimônio do Estado brasileiro, mas que Boloanro tentou se apropriar, trazendo provas contundentes que demonstram que o ex-mandatário tinha pleno conhecimento da operação ilegal de venda e recompra de joias nos Estados Unidos. Bolsonaro não só teria sido informado sobre as transações, mas também teria avalizado a execução de parte delas.