Planeta deve enfrentar calor inédito nos próximos anos, diz ONU

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Levantamento também constatou que, no período, a previsão é de queda do regime de chuvas na Amazônia

Por Ana Gabriela Sales, compartilhado de Jornal GGN




Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou em novo levantamento, publicado nesta quarta-feira (17), que o planeta deve registrar altas temperaturas inéditas nos próximos cinco anos, como consequência do aquecimento global e do fenômeno El Niño.

De acordo com os dados da entidade ligada às Nações Unidas (ONU), há 66% de probabilidade de que a temperatura média anual próxima à superfície terrestre seja superior a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais entre 2023 e 2027. 

Além disso, “há 98% de probabilidades de que ao menos um dos próximos cinco anos, e o quinquênio em seu conjunto, seja o mais quente já registrado“, anunciou a organização. 

O ano mais quente já registrado foi 2016, quando se produziu um fenômeno El Niño muito intenso, mas as previsões da OMM indicam que é muito provável que esse nível seja ultrapassado antes mesmo de 2027.

Isto não significa que vamos superar de forma permanente o nível de 1,5 ºC previsto pelo Acordo de Paris, que se refere ao aquecimento a longo prazo. Mesmo assim, a OMM alerta sobre o risco de superarmos esse nível de forma transitória e de forma cada vez mais frequente”, afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

Segundo o especialista, esse aumento das temperaturas a curto prazo “terá repercussões na saúde das pessoas, na segurança alimentar, na gestão das águas e no meio ambiente”. PUBLICIDADE

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QUEDA DE CHUVAS NA AMAZÔNIA

O levantamento também constatou que, no período, a previsão é de queda do regime de chuvas na Amazônia, o que deve impactar a agricultura brasileira. 

Os padrões de precipitação previstos para 2023 em relação à média de 1991-2020 sugerem uma maior chance de redução de chuvas em partes da Indonésia, da Amazônia e da América Central“, disse o informe.

Além disso, o Sul do Brasil também deve ser afetado. “Entre 2018 e 2022, partes da Ásia, sudeste da América do Norte, nordeste da América do Sul e o Sahel africano foram mais úmidos do que a média, e o sul da África, Austrália, sul da América do Sul, oeste da Europa e partes da América do Norte foram mais secos do que a média“, afirmou. 

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