Publicado em Jornal GGN –
Jornal GGN – As frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular convocaram para este domingo (11) mais um ato contra o “golpe parlamentar” que levou Michel Temer ao poder e as consequentes ameaças à democracia e aos direitos sociais conquistados nos últimos anos. O protesto começou às 14h na altura do MASP, na Avenida Paulista, e foi encerrado por volta das 19h, no Parque do Ibirapuera. Organizadores falaram em 60 mil participantes.
Por volta das 17h, ainda na Paulista, a Polícia Militar se exaltou e partiu para cima dos manifestantes. Repórter do GGN no local relatou uso de gás de pimenta. Houve necessidade de intervenção de figuras políticas como o ex-senador Eduardo Suplicy (PT), o senador Lindbergh Farias (PT) e os deputados Ivan Valente (PSOL) e Paulo Teixeira (PT) para fazer a PM recuar. Um cordão humano também foi forjado para isolar a corporação dos manifestantes.
De acordo com a página Mídia Ninja, o jovem Gabriel Simeone [foto acima], militante do MST, foi espancando na ação da Polícia Militar. “Não se sabe o paradeiro dele, que pode ter sido detido, ainda sem justificativa, pelos militares.” Os organizadores anunciaram ao microfone, no final do ato, a prisão de três pessoas durante a confusão.
Segundo a RBA, a confusão começou porque a PM sentiu-se provocada após uma fala do senador Lindbergh Farias (PT), que denunciou, junto ao deputado federal Ricardo Teixeira (PT), a repressão sofrida por manifestantes e prisões arbitrárias registradas no protesto do dia 4 de setembro à OEA (Organização dos Estados Americanos).
“Sou autor de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para acabar com a PM. A PM é para a guerra e não para proteger o povo”, disse, provocando forte reação dos manifestantes, que gritavam “Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar”.
“Como o carro de som estava localizado em frente ao posto da PM, no Parque Trianon, os policiais sentiram-se provocados com os gritos e foram para cima de manifestantes empunhando cassetetes, mas o episódio foi contornado, e a passeata segue pacífica por enquanto”, publicou a RBA.
Organizadores do ato Fora Temer tentaram acalmar participantes após ataque da Polícia Militar. “Vamos seguir a manifestação. Não vamos cair na provocação. O nosso ato está incomodando porque a gente é grande”, disse uma militante pedindo Diretas Já.
Imagens: Lilian Milena/GGN
Um novo ato deve ser convocado para o próximo domingo (17).
Veja imagens do início da manifestação de hoje.
Fotos: Lilian Milena/GGN
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Foto da Capa por Eduardo Figueiredo / Mídia NINJA