Postagem do major da PM Silvestre Alencar foi encontrada em um grupo de Whatsapp no celular de outro oficial da corporação que foi preso em fevereiro
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247 – O major da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Flávio Silvestre Alencar, preso nesta terça-feira (23) pela Polícia Federal (PF) no âmbito da 12ª fase da operação Lesa Pátria, que apura os atos terroristas do dia 8 de janeiro, em Brasília, disse em uma troca de mensagens com outros oficiais da corporação que na “primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso”. No dia dos eventos golpistas, Alencar ordenou que o Batalhão de Choque se retirasse do lado do Congresso Nacional sob a justificativa de resgatar o comandante-geral, coronel Fábio Augusto Vieira, e outros policiais feridos.
As mensagens, segundo o G1, teriam sido enviadas antes dos atos golpistas que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. O material teria sido encontrado pela PF no celular do tenente Rafael Pereira Martins, outro policial que havia sido preso em fevereiro, durante a 5ª etapa da investigação, quando Flávio também foi detido.
A conversa ocorreu em um grupo chamado “Oficiais PMDF”, onde os policiais discutiam possíveis manifestações em Brasília. Em determinado momento, Flávio sugeriu que, em caso de protestos, o Congresso Nacional deveria ser invadido, finalizando a mensagem com um sorriso. Essa declaração foi o motivo da prisão do militar.
O oficial foi flagrado por uma câmera de segurança em um veículo da corporação que escoltava outros carros, afastando os veículos e os agentes que protegiam o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, ele comandava o 6º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, responsável pela segurança da Praça dos Três Poderes e da Esplanada dos Ministérios, durante a licença do titular.
Segundo a Polícia Federal, o major aparece em imagens registradas pela Polícia Judicial do STF, em que é possível vê-lo saindo do veículo, dirigindo-se à Tropa de Choque e dando sinais para que os policiais deixassem o local. Imediatamente, os militares entraram em seus carros e partiram. Cerca de dez minutos depois, sem encontrar resistência, os bolsonaristas avançaram em direção ao prédio do STF.
Nesta terça-feira, além da prisão de Flávio, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de duas armas: uma funcional e outra comprada por ele em 18 de maio. Os mandados foram emitidos pelo STF. Um policial aposentado também foi alvo das buscas, e com ele foram encontradas duas armas ilegais. A meta desta fase da investigação é identificar as pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou incentivaram os ataques ocorridos na capital federal.