Publicado em Brasil 247 –
Maior polo de riqueza e pode econômico do país, a região metropolitana de São Paulo, que concentra 39 municípios, tem 700.193 pessoas vivendo na pobreza extrema; esse número é 35% maior do que era em 2016. A LCA Consultores fez o levantamento com base no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e mostra que são 180 mil pessoas a mais; a metodologia adotou a linha de corte do Banco Mundial, que considera em situação de pobreza extrema quem tem US$ 1,90 de renda domiciliar per capita por dia, corrigida pela paridade de poder de compra
Maior polo de riqueza e pode econômico do país, a região metropolitana de São Paulo, que concentra 39 municípios, tem 700.193 pessoas vivendo na pobreza extrema. Esse número é 35% maior do que era em 2016. A LCA Consultores fez o levantamento com base no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e mostra que são 180 mil pessoas a mais. A metodologia adotou a linha de corte do Banco Mundial, que considera em situação de pobreza extrema quem tem US$ 1,90 de renda domiciliar per capita por dia, corrigida pela paridade de poder de compra.
No estado de São Paulo, como um todo, a pobreza aumentou 23,9% de 2016 para 2017 e chegou a 1,392 milhão de pessoas recém chegadas às novas estatísticas da miséria. Embora o PIB (Produto Interno Bruto) tenha tido tímido crescimento no ano passado (1%), a desigualdade social deu um salto não esperado até pelos mais pessimistas.
O aumento da miséria afetou como de costume a parcela menos instruída da população, bem como aqueles de cor parda ou preta. Esse segmento último, pretos e pardos, foi relegado a um dos maiores retrocessos da história das aferições estatísticas: a miséria ali cresceu 61% (contra 13,6% da população branca).
“Segundo Cosmo Donato, economista da LCA Consultores e autor do levantamento, o crescimento da pobreza extrema ocorre apesar da redução da taxa de desemprego na Grande São Paulo, para 14,2% no quarto trimestre do ano passado, 0,7 ponto percentual abaixo da verificada um ano antes. Para ele, além de informais, esses empregos não beneficiaram a parcela mais pobre da população.”
“Estamos falando de pessoas que muitas vezes não conseguem se inserir nem na informalidade. É um problema mais estrutural. São pessoas com baixa qualificação, produtividade, e que conseguiram emprego no passado, porque havia superaquecimento do mercado de trabalho. É um dado que não melhora com a recuperação cíclica do mercado de trabalho, vai exigir políticas sociais”, disse Donato.”
Confira a matéria do Jornal Valor aqui.