A última pesquisa da Quaest (1) revelou que 24% dos eleitores de direita pretendem votar em Lula no dia 30 de outubro.
Por Euclides Mance, compartilhado de seu Blog
A direita liberal e progressista, que defende a democracia e o Estado de Direito, a liberdade privada das pessoas e empresas, o respeito aos contratos, a liberdade de expressão, de pensamento e de opinião, liberdade de imprensa e religião, votará em Lula no segundo turno de 2022.
Ao passo que a direita totalitária e retrógrada, que defende ditaduras e torturas, que usa a religião para fins políticos e nega a liberdade privada de expressão de quem pensa diferente, valendo-se para isso de ofensas, agressões e mesmo do uso de armas , votará em Bolsonaro.
A direita liberal vota em Lula, por saber que não é com armas, granadas e fuzis que se constrói um país próspero e se realizam ganhos econômicos, mas com diálogos entre os diferentes, que resultam em acordos que são respeitados, em políticas públicas que asseguram a tranquilidade necessária para investimentos estratégicos de longo prazo, respeitando-se os interesses e direitos de quem investe e os interesses e direitos de quem trabalha.
Uma parte dos eleitores de direita está confusa, ao ver parcelas cada vez maiores da direita declarando publicamente votos em Lula.
Os eleitores de esquerda, por sua vez, têm a clareza de que o momento histórico exige uma composição ampla de forças para preservar a democracia, restabelecer a vigência dos direitos humanos e sociais e a proteção ambiental em nosso país, direitos esses que o Estado brasileiro tem o dever de assegurar indistintamente a todos.
À parcela confusa dos eleitores de direita não custa pedir que no dia 30 de outubro, antes de dar seu voto, tenha consciência de que a direita liberal vota em Lula e não em Bolsonaro. Que embora a esquerda e a direita tenham programas políticos e econômicos diferentes, o cerne do que está em jogo nesse momento é a defesa da própria humanidade e dignidade de todos nós, perante a destruição das instituições e a degradação da sensibilidade das pessoas – degradação essa que evoca, ardilosamente, a repulsa do que há de mais hediondo para fortalecer um projeto de poder totalitário, que fraturou a sociedade brasileira.
É contra essa tragédia que a esquerda, o centro e a direita liberal se uniram neste segundo turno, reconhecendo suas diferenças na unidade de um desafio comum: evitar o aprofundamento da destruição de nosso próprio país.