Morte de Emmily Rodrigues, de 26 anos, intriga polícia argentina. Ela estava com outra brasileira no imóvel de um homem de 52 anos, que está preso, num bairro luxuoso
Por Henrique Rodrigues, compartihado da Revista Fórum
Na foto: Emmily Rodrigues e o empresário Francisco Sáenz Valiente.Créditos: Redes sociais/Reprodução
Emmily Rodrigues, uma brasileira de 26 anos que dizia nas redes sociais ser modelo, entrou na noite de quarta-feira (29) num edifício elegante do Retiro, bairro nobre e caro de Buenos Aires, onde participaria de uma festa. Só que nas primeiras horas da manhã seguinte, seu corpo totalmente nu foi achado no pátio interno do prédio após ela cair do 6° andar. Começava aí um mistério.
A Polícia Federal Argentina (PFA) já sabe que Emmily estava acompanhada de outra brasileira, identificada como Juliana Mourão, de 37 anos, que seria empregada de uma empresa que explora jogos de azar, de acordo com a imprensa portenha. Elas chegaram ao endereço para participar de um encontro com o empresário Francisco Sáenz Valiente, de 52 anos, que utilizava o luxuoso apartamento para fazer festas constantemente, inclusive provocando muita confusão com os vizinhos por conta disso.
Algumas testemunhas afirmam que haveria uma terceira mulher na cena, que teria ido embora do lugar ainda no transcorrer da madrugada, mas tal informação não foi confirmada por investigadores do caso. Um vizinho, que horas antes da tragédia ligou para a polícia, contou que viu a vítima completamente alterada no apartamento do empresário, próxima à janela. Quando voltou a vê-la, momentos depois, a jovem já estava estirada no chão, no térreo, em relação ao que deduziu que ela teria caído ou sido jogada do 6° andar.
O socorro médico chegou a encontrar Emmily com vida, conduziu-a ao Hospital Fernández, mas pouco tempo depois os médicos registraram seu falecimento. Valiente foi preso pela polícia, por ordem da Justiça, com a intenção de que nos próximos dias explique claramente o que houve no lugar. O milionário disse que a moça ficou descontrolada e buscando qualquer local de onde pudesse se jogar, mas a polícia não aceitou a versão porque ele tinha arranhões pelo corpo e a vítima postara horas antes uma foto sorridente com amigas numa casa noturna.
Juliana Mourão, a outra brasileira, também foi ouvida, mas os agentes envolvidos no inquérito explicaram que foi apenas na condição de testemunha. Ela estava transtornada após a morte da colega.
Valiente é um empresário muito rico do ramo agropecuário e, segundo pessoas próximas, tinha o hábito de fazer festas com mulheres no apartamento. A hipótese mais considerada pela PFA até agora é a de que Emmily e o empresário teria discutido de forma séria, o que já teria sido confirmado por testemunhas, após tomarem muita bebida alcoólica. O que não se sabe é se a jovem pulou sozinha da janela, por estar fora de si ou sob ameaça de alguém, ou se foi diretamente jogada.
