Por uso de Deus em vão, 450 padres se manifestam contra reeleição de Bolsonaro

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O grupo Padres Contra o Fascismo fundado em 2018 mediante preocupações com a democracia e lançou carta nessa semana alertando população sobre um novo mandato presidencial; leia

Por Marcelo Mena Barreto, Diário Extra Classe, compartilhado da Revista Fórum




Jair Bolsonaro (PL) em live de 2020.
Jair Bolsonaro (PL) em live de 2020.Créditos: Reprodução/Youtube

“Um discípulo de Jesus consciente não pode reeleger um homem que com palavras e obras demonstra ser o oposto de tudo aquilo que Jesus é e anuncia”. Esta é a conclusão da carta subscrita pelo grupo Padres da Caminhada e Padres Contra o Fascismo constituído por 450 religiosos católicos (padres e bispos), de diversas dioceses brasileiras.

Eles alertam contra a reeleição do atual presidente da República, que começou a ser distribuída nesse fim de semana por sacerdotes de diversas Dioceses, Institutos de Vida Consagrada, ordens e congregações religiosas de todo o Brasil.

O grupo foi formado em 2018 quando, afirmam, começaram a ver a democracia ser ameaçada no país.

No documento, os religiosos elencam dez itens para registrar porque, se opõem “claramente” à reeleição do presidente Jair Bolsonaro no próximo mês de outubro.

Nome de Deus em vão

O primeiro tópico denuncia o uso do nome de Deus como forma de manipulação do povo brasileiro. Para os sacerdotes, o discurso é “apenas de uma estratégia de controle das consciências” e que Bolsonaro age de forma totalmente oposta “ao Evangelho de Jesus”.

Discurso de ódio não é discurso cristão, dizem padres

Na sequência, os sacerdotes católicos destacam na carta que Bolsonaro fomenta ódio na população, tem um discurso violento, estimula o armamento e demostra “desprezo pelos pobres, pelas mulheres, comunidades tradicionais indígenas e quilombolas, população de rua, comunidade LGBTQIA+, migrantes”, entre outros segmentos.

Fake News é outro nome da mentira

Também está presente na manifestação o uso de fake news, a falta de cuidado na gestão da pandemia, o retorno do país ao Mapa da Fome, o desmonte das políticas de defesa do meio ambiente e o que chama de claros “sinais de autoritarismo e fascismo”.

Padres apontam corrupção e hipocrisia

Os Padres da Caminhada e Padres contra o fascismo ainda lembram que Bolsonaro se elegeu com um discurso anticorrupção, mas apresenta sinais claros de que “vive soterrado e soterrando os escândalos de corrupção que o envolvem e envolvem sua família”.

Para ler a íntegra da carta clique aqui.

*O texto é de Marcelo Mena Barreto e foi publicado no Diário Extraclasse.

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