“Houve aproximadamente três pontos de eleitores de Ciro Gomes que foram embora, não para o Lula, mas para o Bolsonaro”, explicou Nunes
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247 – CEO da Quaest, Felipe Nunes disse ao UOL nesta segunda-feira (3) que, apesar de a pesquisa do instituto de fato não ter captado uma taxa de intenções de voto tão alta quanto à que se deu nas urnas no domingo (2), a pesquisa indicou sim no sábado (1) uma tendência de recuperação de Jair Bolsonaro (PL), à medida que eleitores de Ciro Gomes (PDT) optavam pelo voto útil – não no ex-presidente Lula (PT), mas no atual chefe do governo federal.
“No dia 28, a gente mostrava a diferença do Lula para o Bolsonaro, 51% a 36%, com a Tebet com 5% e Ciro com 7%. No dia 1 de outubro, no sábado à noite, a gente divulgou uma outra pesquisa mostrando o Lula caindo de 51% para 49% e o Bolsonaro crescendo de 36% para 38%. Ou seja, a tendência de última hora já era de uma aproximação. O Lula ficou acabando com 48%, exatamente dentro da margem de erro, mas o Bolsonaro apareceu com 43%, em relação a esses 38%. Isso quer dizer que o Bolsonaro cresceu cinco pontos”, detalhou Nunes.
“Sabe qual é o ponto relevante? É de onde vem esse voto. Olha só: Ciro Gomes, que aparecia com 7% no dia 28 e apareceu depois com 6% no dia 1, terminou a eleição com 3%. Houve aproximadamente três pontos de eleitores de Ciro Gomes que foram embora, não para o Lula, mas para o Bolsonaro. O voto útil que a gente observou na reta final foi todo na direção de Bolsonaro. A postura que o Ciro adotou na reta final da campanha, para mim, foi determinante no tipo de apontamento que ele fez para a direção desse eleitor”, finalizou.