Antiga sede da Auditoria Militar em SP foi local de torturas e julgamentos de presos políticos na ditadura militar
Por Eduardo Barretto e Athos Moura, compartilhado de Metrópoles
A antiga sede da Auditoria Militar em São Paulo, local de julgamento e tortura de presos políticos na ditadura militar, se tornará o Memorial da Luta pela Justiça. A medida será formalizada na próxima sexta-feira (26/7) pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e partiu da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB SP) e do Núcleo de Preservação da Memória Política.
O memorial terá exposições, acervos e debates sobre violações de direitos humanos no Brasil, notadamente na ditadura. O espaço contará ainda com um ambiente em homenagem a presos políticos e advogados vítimas do período de exceção.
Era nesse prédio, na capital paulista, que presos políticos eram julgados, sob uma aparência de legalidade. Houve torturas no local. Foi lá que a ex-presidente Dilma Rousseff foi julgada na ditadura. Uma foto mostra a então estudante no banco dos réus olhando para frente, enquanto ao fundo os militares, juízes do caso, tampavam seus rostos.
Em 2022, a OAB paulista abriu uma campanha para financiar o memorial, por meio da Lei Rouanet. Um novo projeto foi aprovado no ano seguinte. Já foram arrecadados R$ 7 milhões.
Também participarão da cerimônia com Silvio Almeida na próxima sexta-feira o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; a presidente da OAB SP, Patricia Vanzolini; e o diretor do Núcleo Memória, Maurício