Por Ricardo Pereira da Silva, engenheiro, para o Bem Blogado
Na tarde de 20 de dezembro último, no município de Guarulhos-SP, foi realizada audiência pública que barrou o… público. Com inicio programado para às 17 horas, sem que o plenário estivesse plenamente ocupado, a audiência sobre a criação de um aterro sanitário privado em área de preservação ambiental tornou-se antidemocrática, pois muita gente foi impedida de acesso ao plenário da Câmara Municipal.
Com o acesso do público impedido, alguns vereadores, como Janete Pietá, Edmilson, Zé Luiz e Brinquinho, protestaram para que a plenária fosse realizada de forma efetivamente pública. No entanto, por volta das 18:30, ainda sem permitir o acesso do público, e também sem a conclusão das falas dos inscritos, a mesa encerrou os trabalhos, resultando em conflito no interior e no exterior do plenário entre a Guarda Civil Municipal (GCM) e cidadãos.
Essa não é a primeira vez em que audiência pública relacionada à implementação do aterro privado em Guarulhos termina em conflito. Em agosto deste ano também não foi permitida a participação do povo na audiência pública, gerando forte reação da população presente, culminando também em conflito com a GCM.
A prefeitura de Guarulhos e o Governo do Estado de São Paulo tem demonstrado forte empenho na implementação de uma atividade privada com elevada rejeição popular. Caberia questionar qual a motivação desses gestores, posto que aterro sanitário de rejeitos comerciais e industriais é atividade de alto impacto ambiental e baixo retorno tributário e de empregos, em princípio contrário aos interesses regionais.