Da coluna de Ancelmo Gois, publicado em DCM –
O Ministério Público do Rio tem um prédio que reúne os gabinetes dos procuradores (quem atua, representando o MP, nos casos que chegam à 2ª instância). Inaugurado há alguns anos, o edifício tinha uma regra “extraoficial” de que alguns banheiros, ainda que em áreas comuns, deveriam ser de uso exclusivo dos “doutores”.
Mas a turma de servidores ignorou: todo mundo usa o espaço. Há, contudo, um procurador que não se conforma. Dia desses, Ricardo Alcântara pregou uma carta no banheiro reclamando que tinham… quebrado uma saboneteira, e aproveitou para se queixar do uso compartilhado da casinha: “O que era só de procurador de Justiça, nestes tempos equivocadamente do politicamente correto, virou de uso geral”.
Um servidor, então, foi lá e retrucou, pregando também uma carta (com uma boa dose de ironia): “Nessa onda revolucionária, que tirou até o banheiro exclusivo do procurador, só restou o ressentimento e a angústia de dividir com a gentalha o banheiro, o aeroporto, o bairro nobre e tudo o que já foi só do procurador”.