Produtores do RS não produzem vinho, envasam sangue de escravos

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Por Manu Castrum, escritor

Ao justificar o trabalho escravo em vinícolas os produtores de vinho do RS responsabilizam as políticas públicas contra a fome (Bolsa Família) pela escassez de mão de obra às empresas. O Barão de Jeremoabo, poderoso político e latifundiário do sertão onde Antonio Conselheiro ergueu o arraial de Canudos, queixou-se da falta de mão de obra nas suas fazendas e colaborou com o exército para a carnificina de 1897 que varreu do mapa o arraial de Canudos.




Joaquim Nabuco afirmou que a escravidão permaneceria por muito tempo como a característica deste país, um laboratório de tudo que deu errado, cruel.

Os escravocratas sempre contaram e contam com prepostos. Faz poucos anos a ministra Ellen Gracie descartou a ocorrência de trabalho escravo ao rejeitar uma denúncia sob a justificativa de que “o relatório dos fiscais não mencionava que os mesmos foram flagrados “algemados”.

Getúlio Vargas, o estancieiro gaúcho, até que tentou civilizar a classe dominante ao criar uma legislação trabalhista que limitasse a barbárie. Qual nada!

Bem diz Chico Oliveira, “o capitalismo trouxe para cá a revolução das forças produtivas, mas não as soluções formais da civilidade avançada.”

Produtores de vinho do Rio Grande do Sul não produzem vinho, envasam sangue de escravos. Não custa lembrar que o serial killer obteve uma votação espantosa nos 10 municípios que mais produzem vinho no RS.

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