Foi realizado na escola E. E. Prof. Aggêo Pereira do Amaral o Colóquio “Os 40 anos de Vigiar e Punir e o sistema carcerário brasileiro”, atividade que contou com a participação de um padre debatendo o papel da Pastoral Carcerária, de um advogado discutindo os Direitos Humanos e do Levante Popular da Juventude abordando os impactos da redução da maioridade penal.
As palestras encerraram uma discussão iniciada com debates promovidos em sala de aula a partir de leituras baseadas em Foucault e outros. Os alunos produziram vários trabalhos debatendo a situação das mulheres no presídio, a superlotação, a função social do sistema carcerário, a situação vivenciada pelas travestis presas e abordaram muitas questões que levavam a um tema em potencial: a violência policial.
Entretanto, a temática não foi aceita por diversas pessoas e páginas nas redes sociais. No Facebook, algumas páginas sorocabanas e até de apoiadores da Admiradores da ROTA reagiram de forma ofensiva as atividades promovidas pela escola. Policiais disseram se sentir ofendidos e em função disso afirmaram que processariam o professor envolvido com a atividade.
Mas as ameaças não pararam por aí. A escola recebeu também a visita de três policiais que, com a justificativa de “estarem fazendo uma ronda na unidade”, buscavam intimidar o professor.
A escola, por sua vez, já conta com um advogado e o apoio dos pais, que se mostratam solidários ao professor envolvido no episódio.