Aliando criatividade e originalidade, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da aluna de designer, Ana Beatriz Oliveira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), propôs uma releitura do jogo de xadrez substituindo as peças por figuras do folclore brasileiro.
Por Rebeca Bulcão, compartilhado de Jornal Nota
O projeto surgiu durante a pandemia, quando as aulas práticas de Desenho Industrial passaram a ser à distância. A partir desse momento, o trabalho avançou para o tabuleiro de xadrez com peças construídas em resina e modeladas em impressora 3D.
No xadrez folclórico, seis personagens assumem os papéis das peças tradicionais: os peões são o Curupira, as torres são o Boitatá, os cavalos são a Mula-sem-cabeça, os bispos são o Boto-cor-de-rosa e o rei é o Saci-Pererê, figura mais conhecida, conforme pesquisa realizada pela estudante.
Com foco na educação, o material tem como objetivo aprimorar o ensino da cultura e do folclore brasileiro nas escolas, além de incentivar o contato dos alunos com o jogo de xadrez, uma importante ferramenta que estimula o cognitivo, o raciocínio lógico e a concentração. Ela desenvolveu também um livreto ilustrado com a história de cada personagem que acompanha a coleção.
Com a repercussão do seu trabalho, ela começou a criar o jogo por encomenda. Sua ideia é que parte dos lucros seja revertido em kits de xadrez, que serão doados para escolas públicas.
“Tenho essa memória do folclore brasileiro desde pequena, principalmente no jardim de infância e na escola. Lembro de ver muito o Sítio do Pica Pau Amarelo. Mas o contato foi diminuindo ao passar dos anos. O folclore é um assunto que falamos muito quando pequeno e não tocando mais ao crescer. Eu queria trazer essa valorização da cultura nacional”, descreveu Ana Beatriz.
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