Projeto de inclusão e diversidade terá 50 participantes

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Iniciativa do #Colabora começa em breve, com aulas e vagas de trainee, para ajudar jovens jornalistas periféricos a entrar no mercado de trabalho

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A inclusão de jovens jornalistas periféricos é o objetivo do programa. Foto Pixabay

O programa #Colabora com Inclusão e Diversidade terá a participação de 50 jovens jornalistas periféricos, seguindo na missão de abrir as portas da comunicação a parcelas excluídas da nossa sociedade. O projeto faz parte do edital “Acelerando a Transformação Digital”, do International Center for Journalists (ICFJ) com apoio da Meta e da Associação de Jornalismo Digital (Ajor).

Entre os selecionados, há gente de todo o Brasil. Do Amazonas a Santa Catarina, de São Paulo ao Maranhão, de Minas Gerais ao Ceará, de Brasília a Pernambuco, a turma compõe um retrato multifacetado da sociedade brasileira. Do Rio de Janeiro, participarão moradores de São Gonçalo, São João de Meriti, Caxias, do Conjunto de Favelas da Maré, entre outras partes do estado.

A iniciativa consiste num programa de treinamento e estágio no #Colabora, dentro do modelo trainee, para jovens jornalistas e comunicadores de periferias do Brasil. A participação buscou candidatos pretos e indígenas que vivam em rincões ou favelas. No processo seletivo, dentro do conceito de inclusão e diversidade, serão priorizados jornalistas e/ou comunicadores LGBTQIA+ e PCD.

Ao longo de dois meses, os escolhidos terão aulas remotas, semanais (8 aulas no total), todas as segundas-feiras, 19h, com professores de jornalismo, profissionais experientes e ativos no mercado atual. O curso será coordenado por Fabiana Moraes, jornalista, escritora, doutora em sociologia e professora de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco. Fabiana é vencedora de três prêmios Esso de Jornalismo, além do prêmio Petrobrás e do Embratel. Ela tem pesquisas voltadas para a questão da hierarquização social (análise sobre raça, pobreza e celebrificação do cotidiano) e estuda a relação entre jornalismo, colonialidade, ativismo e subjetividade. Fabiana resume assim a ideia do curso focado em inclusão e diversidade:

“Historicamente, foi realizada uma separação entre o fazer e o pensar, a ação e a reflexão. Essa distinção guardou muitas vezes uma perspectiva racista, que confere o trabalho físico ao corpo negro (acusado, inclusive através da ciência, de “irracionalidade”) e o trabalho intelectual ao corpo branco. Estes fenômenos, decorrentes da própria racionalidade moderna, que ainda sustenta boa parte de nossa filosofia e nossas ciências, também atravessam o campo da comunicação. Neste curso nos propomos a deixar de lado uma lógica binária e redutora para falar sobre comunicar através da prática e da reflexão, sem uma distinção entre as duas últimas. Vamos oferecer discussões e formação pontual sobre temas como entrevista, pauta, ativismo e hackeamento, estética, negritude, movimentos sociais, antirracismo, mídias digitais, agência de comunicação, desenvolvimento de projetos, arte e jornalismo”.

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