Redação – A entrevista de Mariana Godoy, RedeTV!, com Protógenes Queiróz escancara a visão mundial do golpe havido no Brasil.
Ao conceder asilo politico a Protógenes a Suíça reconhece que o Brasil vive um regime de exceção.
É que, para concessão de asilo, a Suíça tem que ter considerado que Protógenes foi perseguido por suas opiniões políticas.
Nesse caso, a instituição que o perseguiu foi o poder judiciário, que o condenou por ter “vazado” cenas de expressa corrupção praticada pelo banqueiro Daniel Dantas.
Já asilado, Protógenes teve sua prisão decretada por uma Juíza Federal de São Paulo, por não ter comparecido a uma audiência em processo por ela presidido.
De se salientar a ignorância jurídica da juíza, uma vez que o asilado não pode deixar os limites do país que o recebe, sendo, inclusive, seu endereço mantido em sigilo.
Havia a possibilidade de ouvi-lo por videoconferência, hipótese sequer aventada pela Magistrada.
Porém, o abuso de autoridade, os exageros judiciais que o corporativismo encobre, prevalecem sobre o bom senso e a regra jurídica.
A pena privativa de liberdade é a punição mais gravosa da legislação penal brasileira e não pode servir de mote à vingança pessoal de Juízes “sem paciência”.
(JHC)