PT e PSOL cobram do governo Bolsonaro explicações sobre ‘boquinha’ para irmãos Weintraub na OEA e no Banco Mundial

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PT e PSOL cobram explicações de Bolsonaro sobre “boquinha” mensal de R$ 200 mil dos irmãos Weintraub no Banco Mundial e OEA

O deputado Rogério Correia (PT-MG) e a deputada Áurea Carolina (PSOL-MG) protocolaram hoje (13) requerimento em que cobram do Palácio do Planalto informações sobre a indicação do assessor especial da Presidência, Arthur Weintraub, para um cargo com salário milionário na Organização dos Estados Americanos (OEA).

Os dois parlamentares oposicionistas questionam se a indicação de Arthur, juntamente com a de seu irmão, Abraham Weintraub, para o Banco Mundial, não seria uma “espécie de ‘boquinha’ para a família Weintraub”, já que o salário de ambos, em dólar, segundo especialistas, deve se aproximar ao equivalente a R$ 200 mil mensais, computados os benefícios concedidos pelo Bird e pela OEA.




Tudo em família

O requerimento foi encaminhado ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge de Oliveira, major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal.

No documento, Correia e Áurea perguntam sobre “quais argumentos levam o governo a ter o interesse de indicar duas pessoas da mesma família, no caso os irmãos Abraham Weintraub e Arthur Weintraub, para cargos em organismos internacionais”.

Eles perguntam se o governo quer “atender os interesses do sr. Olavo de Carvalho, guru do Presidente da República”.

No mesmo pedido de informações, os parlamentares perguntam sobre atividades executadas por Arthur Weintraub como assessor da Presidência e solicitam acesso a relatórios de trabalho feitos por ele.

E indagam também sobre qual a relação de Arthur Weintraub com o grupo “Gabinete do Ódio”, “conhecido e investigado por disseminar fake news de dentro do Palácio do Planalto”.

Gabinete do Ódio

Segundo ambos os parlamentares, as informações solicitadas buscam ‘‘garantir os príncipios da transparêcia pública nas indicação do Governo Federal para cargos em organismos internacionais e compreender os motivos que levam o Presidente da República a cogitar a indicação de duas pessoas da mesma família para cargos dessa natureza“.

Eles recordam que houve muitas dúvidas e críticas no Brasil com a possível indicação do ex-ministro Abraham Weintraub para ocupar um cargo no Banco Mundial com salário de cerca de R$115.000,00 por mês.

O ex-ministro da Educação foi exonerado e deixou o país às pressas, ‘‘dando a entender que poderia estar fugindo de investigações que poderiam comprometer sua atuação à frente do Ministério da Educação“, observam Correia e Áurea Carolina.

Os dois oposicionistas assinalam que é preocupante o fato de os irmãos Weintraub pertencerem à ‘‘chamada ala ideológica do governo federal, perfil esse completamente distinto do esperado para a ocupação de cargos“ em órgãos como a OEA.

‘‘É demasiadamente preocupante o papel que o Brasil poderá assumir nas relações internacionais caso indicações de perfis extremistas ideologicamente como o de Arthur Weintraub, e no mínimo com suspeitas de ausência de critérios técnicos, sejam confirmadas para assumir a vaga do país na Secretaria de Acesso a Direitos e Equidades da Organização dos Estados Americanos“, alertam os parlamentares.

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