Publicado em Jornal GGN –
O BipBip, em Copacabana, no Rio de Janeiro, é um boteco de resistência musical. Capitaneado por Alfredinho oferece espaço para boa música, o samba bom, o chega-junto das notas musicais. A bebida é cerveja, e é o que tem na geladeira. A comida só tem se aparecer um queijo ou um salame. Não tem pretensão, a não ser a música. Quem está querendo badalação, não o procura. Mas quem procura incitar a confusão pode muito bem o procurar.
Por mais de três horas, na madrugada desta segunda-feira, tivemos um senhor de 74 anos, um dos donos de bar mais conhecido do Rio de Janeiro, detido sem ser acusado de nada.
O Alfredinho foi liberado. O delegado não quis receber o Rodrigo Mondego, advogado do mandato do Wadih que acompanhou a situação, na condição de advogado e apenas colocou o agente da PRF como vítima de lesão corporal e o Alfredinho como testemunha (de algo que ele não viu).
Sim, é isso, o Alfredinho foi arbitrariamente conduzido para a delegacia para ser testemunha de algo que ele não viu. Esse, a priori, é o entendimento dos órgãos de Estado do RJ.
Se a gente vivesse em um Estado de Direitos, o dono do BipBip teria sido vítima de crime de ameaça e abuso de autoridade.