Washington Luiz de Araújo, jornalista –
Sou contra a pena de morte, mas nem por isso passaria a mão na cabeça de um criminoso sanguinário. A comparação pode parecer exagerada, mas não é porquê Aécio Neves tem acusações cabeludas contra ele (diga-se de passagem comprovadas), que o Supremo Tribunal Federal pode passar por cima da Constituição (justo o STF) e suspender o seu mandato. E não acharia justo dizerem que estou unido, unha e carne com Aécio em razão da minha posição.
A questão é simples assim, como dizia meu sábio pai: “meu filho, não queira que façam com os outros o que você não quer que façam com você”.
Quero que Aécio e os demais golpistas paguem pelo que e fizeram e pelo que estão fazendo com a democracia brasileira e pelos crimes de corrupção que porventura cometeram ou estão cometendo, mas não quero injustiça para eles.
Peguemos os exemplos de crimes cometidos entre famílias, ainda realidade em muitas regiões do Brasil, até mesmo em cidades dos estados do sul brasileiro. Tudo começa quando o membro de uma família mata o integrante de outra. O delegado faz vistas grosas porquê o assassino é de família de “bem”. O problema é que a família da vítima, igualmente, é vista pelos endinheirados como idônea. Aí, é um tal de um mata o outro que não tem mais fim. Tudo porque a justiça tapou os dois olhos.
O Que devemos cobrar do judiciário é justamente que cumpra a sua prerrogativa, fazer justiça. Cadeia para Aécio, mas dentro da lei. Caso contrário, a justiça o estará transformando num mártir. Coisa que ele, certamente, não merece.
PS.: O Globo, traz na capa que PT, Temer e Gilmar Mendes defendem Aécio. Mais uma sacanagem editorial perpetrada por jornalistas que vivem de fazer “pegadinha” para os leitores. A questão, no caso do PT, não é defender Aécio, mas sim a Constituição. quantos aos outros dois… Deixa pra lá.
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