“Que diferença faz quem é Chico Mendes?”, diz Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente

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Publicado em Sul 21

Na segunda-feira (11), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura. Questionado pelos jornalistas, confessou não conhecer a Amazônia e a história do líder seringueiro Chico Mendes – referência mundial na defesa ambiental.

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente. Foto: Reprodução/Roda Viva

Em determinado momento, o apresentador, Ricardo Lessa, perguntou a opinião de Salles sobre Mendes. “Eu não conheço o Chico Mendes, escuto histórias de todos os lados. Dos ambientalistas mais ligados à esquerda, que o enaltecem. E das pessoas do agro que dizem que ele não era isso que contam. Dizem que usava os seringueiros pra se beneficiar”, respondeu. O ministro, então, completou: “O que importa quem é Chico Mendes agora?”.

Por conta da declaração, a hashtag com o nome do ativista começou a ganhar destaque nas redes sociais. “Chico Mendes é tão relevante, senhor ministro, que mesmo anos depois de morto tá fazendo gente como você passar vergonha em rede nacional”, respondeu a usuária Ana Lia.




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Guilherme Boulos

@GuilhermeBoulos

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente acusado de fraude ambiental, sugere que Chico Mendes “usava os seringueiros para se beneficiar”. Parece de fato que a ignorância e estupidez foram “critérios técnicos” indispensáveis para a escolha do Ministério de Bolsonaro.

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Submarina

@marinarossi

Em entrevista ao Roda Viva agora, o ministro do Meio Ambiente @rsallesmma se atrapalha ao responder sobre “quem foi Chico Mendes” e aponta para @xicograziano como uma das figuras que o inspiram.

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Alexandre Aragão

@araga0

O comentário do ministro do Meio Ambiente sobre o Chico Mendes é mais um exemplo do elogio à ignorância. É a arrogância de quem não sabe, não quer saber e tem raiva de quem sabe.

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Salles também defendeu uma flexibilização dos licenciamentos ambientais e a habilidade de empresas se auto-licenciarem para atuar em áreas de preservação ambiental. Confrontado pelos entrevistadores com o fato de que as tragédias de Mariana e Brumadinho (MG) aconteceram após licenciamentos relâmpago, Salles respondeu que o tamanho do Estado prejudicou o processo de fiscalização e licenciamento, causando uma “perda de foco”. “Se fosse verdade que esse sistema burocrático funcionasse não teríamos presenciado, nesse sistema, essas tragédias”, disse.

Pressionado a oferecer respostas em respeito às vítimas de Mariana e Brumadinho, Salles afirmou que a resposta está sendo dada através da presença de autoridades nos locais das tragédias.

“O respeito às vítimas é essa resposta rápida, objetiva, a presença do governo em peso. Três ministros estiveram lá [em Brumadinho] no primeiro dia. O próprio presidente foi ao local”, disse, sem apresentar atitudes concretas para punir a empresa, indenizar as vítimas e evitar novos acidentes.

Assista a íntegra da entrevista:

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