Queiroz retira câncer em SP e família se muda do Rio sem depor ao Ministério Público

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Publicado em Jornal GGN – 

Jornal GGN – Fabrício de Queiroz disse em entrevista ao SBT que sua esposa e filhas prestariam depoimento no Ministério Público do Rio nesta terça (8). Mas, na hora H, a família informou, por meio de advogados, que se mudou por “tempo indeterminado” para São Paulo, para acompanhar o tratamento de saúde de Queiroz, ex-assessor e amigo da família Bolsonaro.
Queiroz divulgou à imprensa uma foto deitado em um leito hospitalar, após ter se submetido a uma cirúrgia para retirada de tumor no cólon, no Hospital Albert Einstein.
O ex-morotista de Flávio Bolsonaro já havia informado que não compareceria à quarta chamada do Ministério Público para prestar esclarecimentos sobre a movimentação de R$ 1,2 milhão, entre 2016 e 2017, de maneira considerada suspeita pelo Coaf.
Nas duas últimas vezes, Queiroz argumentou problemas de saúde para faltar à audiência. Nas duas primeiras – que foram reveladas durante entrevista ao SBT – ele não compareceu por orientação dos advogados.
Desde então, Queiroz vem sendo criticado por evitar o Ministério Público. A estratégia de ganhar tempo foi rebatida por ele na entrevista ao SBT, na qual ele sustentou que não está fugindo, mas com problemas de saúde.
Na mesma entrevista, Queiroz recusou-se a explicar a movimentação de R$ 1,2 milhão.
Ele também não explicou em detalhes por que as mulheres de sua família, que tinham cargos no gabinete de Flávio e Jair Bolsonaro, depositavam dinheiro na sua conta bancária. Além de Queiroz, aliás, um total de 9 assessores de Flávio Bolsonaro faziam a mesma coisa.
Depois de receber os depósitos em dinheiro, Queiroz costumava sacar os recursos. A operação é considerada pelas autoridades uma maneira de dificultar o conhecimento a respeito da origem e do destino final dos recursos.
Para agravar o enredo, Queiroz repassou para Michelle Bolsonaro cheques que somam R$ 24 mil. Segundo o presidente eleito, o dinheiro era pagamento de uma dívida que totaliza R$ 40 mil. Bolsonaro também admitiu em sua primeira entrevista exclusiva após a posse que sabia que Queiroz fazia “rolos”.
Ao SBT, o amigo da família há mais de uma década disse que, além de receber salário do gabinete de Flávio Bolsonaro e remuneração da Polícia Militar (um total de R$ 24 mil, somando as duas rendas), ele também comprava, reformava e vendia carros. Apesar de ter se apresentado como um “homem de negócios”, Queiroz não associou diretamente esta atividade à movimentação de R$ 1,2 milhão.

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