Por Carlos Eduardo Alves, jornalista –
É preciso recolocar ordem no galinheiro. Bolsonaro só demitiu o nazista Alvim por pressão de aliados na comunidade judaica.
A reprodução de qualquer coisa relacionada a nazismo não incomoda Bolsonaro, tanto que ensaiou atribuir à esquerda uma interpretação enviesada da palhaçada doentia de Alvim.
Não foram também Maia, Alcolumbre e Toffoli, todos associados de alguma maneira ao genocídio social, que empurraram Alvim ao precipício.
Inexplicavelmente, gente importante na comunidade judaica apoia um governo higienista e preconceituoso. Mas até para eles foi demais.
Frise-se que não há alinhamento de todos os judeus brasileiros nessa associação inacreditável. Há luta e resistência retratados, por exemplo, no Observatório Judaico dos Direitos Humanos.
Portanto, não houve um segundo de bom senso de Bolsonaro na demissão. Foi só obediência a parceiro poderoso.