Está em curso, com capítulos diários, o que já é a maior associação entre entes para tomar o cofre público, silenciar de vez valores republicanos e matar o futuro. Trata-se da cooptação do Judiciário via dinheiro, traduzindo para a linguagem de gente. A última é o aval do governo federal para que Estados possam, resumindo grosseiramente, excluir da conta que limita o gasto com pessoal a 60% das receitas o que é destinado a alguns benefícios concedidos a juízes,defensores públicos e membros de tribunais de contas.

O dribe na austeridade de brincadeirinha será de 10 módicos anos. Auxilio-moradia, por exemplo, a partir de agora ficará fora da conta, além de despesas com funcionários terceirizados. Antes, a temporada de bondade com recurso que não existe fora aberta com aumento expressivo de vencimentos para Judiciário e PF. Tem quem diga que a generosidade em época de crise é gratidão e agrado preventivo a quem deveria investigar e julgar governantes…

Para quem acreditava na piada do Judiciário independente, solidariedade na hora da desilusão. De prático, o duro seguinte: como não há dinheiro em nenhuma esfera da administração para bancar a gastança, quem pagará a conta é o usuário do que sobrar de serviço público ou programas sociais, aquela “coisa” na qual acusavam Dilma de gastar sem ter dinheiro para tal. É o Brasil da austeridade, a que depende de silenciar Eduardo Cunha.