Redação – Quem semeia vento colhe tempestade e quem semeia ódio, colherá o quê? É o que pergunta o engenheiro mecânico e professor de Engenharia, Ricardo Pereira da Silva, quando relata a ação de um jovem que quebrou uma garrafa e jogou contra a multidão na manifestação de domingo no Largo da Batata, em São Paulo.
Por Ricardo Pereira da Silva, para o Bemblogado –
Com a implantação do golpe 2016, inúmeras sementes de ódio foram semeadas e nutridas pelo jornalismo de guerra. Como consequência natural e inevitável, estão germinando em ramas de ira e sangue. Uma dessa ramas se manifestou, mesmo que ainda como broto, no domingo 04 de junho último, no encerramento do ato pelas Diretas Já, no Largo da Batata, em São Paulo. O jovem Gustavo Rizzo Andreozzi quebrou e arremessou uma garrafa de vidro contra o público, em uma ato de violência gratuita, sem nenhuma provocação aparente, cortando a perna de um dos militantes presentes no ato.
O agressor posteriormente foi detido pela multidão e encaminhado ao 14° DP, e ao obtermos mais informações e verificar nas redes sociais, foi possível notar que sua mãe, Sylvia Rizzo Andreozzi é fervorosa semeadora do ódio político.
Mas o que leva alguém a tentar ferir gratuitamente? E se ele tivesse acesso a material mais letal?
O que mais precisamos para reconhecer que vivemos em tempos de ódio e violência gratuita em nome do “bem”. Quantos sem-terra ainda terão de ser chacinados? Quantos índios terão de ser decepados? Quantos dependentes químicos terão de ter sua última e tênue linha guia de possibilidade de recuperação rompida em ações truculentas?
Será que esperamos que um outro “Gustavo” construa uma bomba caseira, ou algo semelhante, e a detone em meio a uma multidão para darmos conta do sanatório geral em que voltamos a residir?