Por Rita Almeida, compartilhado de Jornal GGN –
Que a saúde não é uma questão apenas clínica, mas política, porque não é só um trabalho cuidado de si, mas, também, de cuidado do outro.
Nessa semana, as unidades de atenção primária e vigilância sanitária do SUS – não sei se em todos os Estados e municípios – está passando por processo de capacitação de seus profissionais, para que possam fazer trabalho de cuidado, proteção e prevenção ao Coronavírus, evitando que este se instale e se alastre. Por meio das equipes multiprofissionais dos postos de saúde e dos agentes comunitários, a população receberá as informações e orientações qualificadas e adequadas para se cuidarem e serem cuidadas.
O Coronavírus se tornou uma pandemia mundial porque se propaga de forma exponencial, isso significa que, quanto mais pessoas se contaminam, mais pessoas se contaminam e maior a taxa de letalidade, especialmente pela insuficiência do sistema em dar conta do tamanho da demanda. Além disso, quanto mais contaminados, mais próxima a doença ficará de você e de sua família.
Quem sabe agora, da pior maneira, a gente entenda?:
Que a saúde da D. Maria da Silva que mora no Morro do Fim do Mundo, não é um problema só dela, mas de todos nós.
Que a saúde não é uma questão apenas clínica, mas política, porque não é só um trabalho cuidado de si, mas, também, de cuidado do outro.
Que um sistema de saúde forte e eficiente é aquele que começa muito antes da pessoa precisar do médico, começa no trabalho multiprofissional e comunitário de cuidado, proteção e educação da população.
Que um sistema público universal de saúde é um dos maiores bens que um país pode ter, e que não deve estar submetido aos humores da economia, as leis do mercado ou aos interesses privados.
Que agora, mais do que nunca, precisamos defender o SUS e suas fontes de financiamento.