Quem são os prefeitos brasileiros que se esconderam de mísseis do Irã em abrigos e o que foram fazer em Israel

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Os políticos tupiniquins estavam hospedados em um campus universitário em Kfar Saba, onde foram alertados por sirenes durante a madrugada e receberam mensagens de emergência em seus celulares, orientando-os a se dirigirem a bunkers

Compartilhado de URBS Magna




foto: Álvaro Damião mostra bunker em Israel | reprodução

Um grupo de 41 autoridades brasileiras, incluindo prefeitosvice-prefeitos e secretários, foi surpreendido por sirenes de alerta e precisou buscar refúgio em bunkers em Israel na madrugada de sexta-feira (13/jun), devido à escalada de tensões entre o país e o Irã.

A comitiva, que viajou a convite da Embaixada de Israel no Brasil para participar da Expo Muni Israel 2025, uma feira internacional de tecnologia voltada para gestão pública e segurança, estava hospedada em Kfar Saba, próximo a Tel Aviv, quando o conflito eclodiu.

Israel realizou uma ofensiva militar contra o Irã na noite de quinta-feira (12/jun), com ataques aéreos direcionados a instalações nucleares, como a de Natanz, e alvos militares, incluindo esconderijos de líderes iranianos.

A operação, intitulada “Leão em Ascensão” ou “Nação de Leões”, resultou na morte de figuras-chave do Irã, como o general Mohammad Bagheri, chefe das Forças Armadas, o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, e os cientistas nucleares Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi.

Em retaliação, o Irã lançou cerca de 100 drones e menos de 100 mísseis balísticos contra Israel, com a maioria interceptada pelas defesas aéreas israelenses, segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Effie Defrin.

Explosões foram registradas em Teerã e outras áreas, e o espaço aéreo de Israel foi fechado, dificultando o retorno dos brasileiros.

Os brasileiros, hospedados em um campus universitário em Kfar Saba, foram alertados por sirenes e receberam mensagens de emergência em seus celulares, orientando-os a se dirigirem a bunkers.

As estruturas, equipadas com portas de aço e paredes de concreto, foram descritas como seguras.

Cícero Lucena (PP), prefeito de João Pessoa, informou que a comitiva foi ao bunker duas vezes durante a madrugada e fez em contato com o presidente da Câmara dos DeputadosHugo Motta (Republicanos-PB), que acionou o Itamaraty para viabilizar o retorno. 

O espaço aéreo está fechado, e estamos aguardando orientações,” disse Lucena.

O vereador carioca Flávio Valle (PSD) descreveu o clima de tensão, mas destacou que o sistema de defesa de Israel evitou danos significativos.

Autoridades Brasileiras Identificadas. Entre os membros da comitiva estão:

Álvaro Damião (União Brasil), prefeito de Belo Horizonte (MG), que assumiu o cargo após a morte de Fuad Noman em 2024.
Cícero Lucena (PP), prefeito de João Pessoa (PB), com experiência como senador e ministro da Integração Nacional.
Welberth Rezende (Cidadania), prefeito de Macaé (RJ), que integra uma delegação de 25 prefeitos.
Johnny Maycon (PL), prefeito de Nova Friburgo (RJ), engenheiro mecânico e ex-vereador.
Nélio Aguiar, ex-prefeito de Santarém (PA) e presidente da Federação das Associações dos Municípios Paraenses (Famep).
Claudia Lira (Avante), vice-prefeita de Goiânia (GO), que permaneceu por horas em um bunker.
Vanderlei Pelizer Pereira (PL), vice-prefeito de Uberlândia (MG) e presidente do PL local.
Maryanne Mattos (PL), vice-prefeita de Florianópolis (SC), que relatou idas ao bunker por precaução.
Davi Carreiro, representante da Prefeitura do Rio de Janeiro, integrante da central de inteligência Civitas.
Secretários do Distrito Federal, incluindo Marco Antônio Costa Júnior (Ciência e Tecnologia), Ana Paula Soares Marra (Desenvolvimento Social), Thiago Frederico de Souza Costa (Segurança Pública) e Rafael Borges Bueno (Agricultura).
De GoiásRasível dos Reis Santos Júnior (Saúde) e Pedro Leonardo de Paula Rezende (Agricultura).

Comissão de Relações Exteriores do Senado estava articulando com o Itamaraty o envio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para repatriar as autoridades.

Embaixada de Israel no Brasil informou que os brasileiros estavam em locais seguros e que o Ministério das Relações Exteriores de Israel trabalha para facilitar o retorno. No entanto, o fechamento do espaço aéreo e a continuidade do conflito dificultam a logística.

O prefeito de Ribeirão PretoRicardo Silva (PSD), e o vice-governador de São PauloFelício Ramuth (PSD), que integravam outra comitiva, tiveram seus voos cancelados em Paris devido à escalada do conflito.

O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, condenou os ataques de Israel, classificando-os como uma “violação à soberania do Irã” e alertando para o risco de um conflito regional de grandes proporções.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu uma “desescalada”, enquanto o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência após uma denúncia formal do Irã.

O presidente iraniano, Masud Pezeshkian, negou intenções de desenvolver armas nucleares, mas o governo iraniano justificou sua busca por tecnologia nuclear e mísseis como resposta aos ataques.

Os brasileiros permaneceram em segurança, mas sob alerta, com orientações para manterem celulares carregados e roupas confortáveis caso sejam necessárias novas idas aos bunkers.

A feira de tecnologia, prevista para ocorrer entre 17 e 19 de junho, foi cancelada para muitos dos prefeitos, que agora priorizam o retorno ao Brasil.

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