Não é preciso descrever o grau de selvageria da invasão às sedes dos 3 poderes da República. Você as viu na TV e dispensam qualificativos.
Por Fernando Brito, cmpartilhado de Tijolaço
Também não é preciso falar da omissão das forças policiais e, sobretudo, dos seus chefes. Nem da necessidade do decreto de intervenção na segurança pública do DF, baixado no final da tarde.
Tudo está autoexplicado.
O que não está explicado é o que se vai fazer agora com os criminosos que continuam concentrados no gramado diante do Congresso.
Vai ser permitido que, impunemente, os protagonistas de um tosco e fracassado golpe de estado voltem para seu acampamento diante do Quartel General do Exército para o que, nas palavras do ministro José Múcio, da Defesa, continuarem sua “manifestação democrática”??
Não vão ser identificados e autuados?
Os ônibus que os levaram para o assalto à sede dos poderes não serão retidos à espera que se esclareça quem os contratou para a empreitada golpista?
O que fazia o Batalhão da Guarda Presidencial, encarregado da segurança do Palácio do Planalto que não se deslocou, como de outras vezes, para fazer a segurança da sede do Governo?
Onde estava a Polícia Federal que não foi posta a proteger o Palácio?
Os chefes dos poderes Legislativo e Judiciário vão permanecer no Twitter com “manifestações de repúdio” ou irão a público exigir responsabilização de autores e de mandantes das agressões.
Governos que não se defendem acabam caindo. E isso vale também para a própria democracia, que frequentemente na história morreu por overdose de tolerância.