Rachadinha: Carlos Bolsonaro teria usado assessores para pagar plano de saúde

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Suspeita é de que os pagamentos foram feitos em dinheiro vivo por meio de assessores parlamentares

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Carlos Bolsonaro de terno e gravata, sentado na mesa da Câmara do Rio
Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro

A jornalista Juliana Dal Piva revelou nesta quarta-feira (3) novas informações sobre o suposto esquema de rachadinha do vereador Carlos Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Em reportagem para o ICL Notícias, Dal Piva deu detalhes de um relatório exclusivo do Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro e Corrupção do Ministério Público do Rio de Janeiro, dando conta de que Carlos Bolsonaro supostamente teria usado assessores para pagar seu plano de saúde ao longo de 9 anos.

O MP-SP encontrou evidências de que Carlos teria pago somente uma mensalidade do plano de saúde com dinheiro de sua conta bancária, em valor superior a pouco mais de R$ 500,00. Depois disso, os serviços continuaram sendo prestados ora pela Qualicorp e, depois, pela Unimed. Mas a suspeita é de que os pagamentos foram feitos em dinheiro vivo por meio de assessores parlamentares.

Uma assessora chama Regina Celia Sobral Fernandes, por exemplo, pagou R$ 954,48 para a operadora de saúde suplementar em novembro de 2018.

“Como a coluna revelou, o MP constatou que o chefe de gabinete de Carlos, Jorge Fernandes, sistematicamente pagava as despesas pessoais do chefe. Em um trabalho de amostragem, o relatório encontrou 23 pagamentos entre 2012 e 2019. É mencionado ainda um pagamento para a Unimed, dessa vez feito pela esposa de Jorge Fernandes, Regina Celia Sobral Fernandes. Ela também era nomeada no gabinete de Carlos Bolsonaro e devolveu ao marido, apontado como operador da rachadinha, um total de R$ 832,4 mil”, pontuou Dal Piva.

Os peritos do MP-RJ sugeriram que a Promotoria abra investigação para apurar o período total de contratação dos planos de saúde, as parcelas que foram pagas e o meio utilizado.

A reportagem lembrou que o esquema parece com o mesmo que teria sido utilizado por Flávio Bolsonaro enquanto deputado estadual no Rio de Janeiro. Investigações do MP-RJ mostraram que o então assessor Fabrício Queiroz operacionalizava pagamento de despesas pessoas de Flávio e sua família, como plano de saúde e escola das filhas.

Procurado, o vereador e filho de Jair Bolsonaro não quis comentar a reportagem.

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